Imagine duas pessoas exatamente iguais vivendo em condições
exatamente iguais. Se isso fosse possível e apenas uma delas praticasse uma
vida de oração, no final, qual seria a diferença? Não me refiro a uma oração
específica, embora ela também possa ter o seu impacto. Mateus 11.19 diz: “porém
é pelos seus resultados que a sabedoria de Deus mostra que é verdadeira”. Na
oração modelo, o Senhor Jesus disse que deveríamos ter uma rotina diária de oração:
“O pão nosso de cada dia nos dá hoje”.
Essa eficácia se revela ao proporcionar conhecimento de Deus
por experiência pessoal. “Eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus
olhos te vêem.” (Jó 42.5). Até mesmo o estudo das Escrituras, com todo o seu
valor, é incompleto sem a unção do relacionamento. O caso de Cornélio (Atos 10)
mostra que até os que não são membros da igreja experimentam Deus levam tudo a Ele em oração. Esse
conhecimento-relacionamento muda tudo, o que é percebido, especialmente, nos
momento de grandes sofrimentos. Quando vou, por exemplo, a um velório de
pessoas que oram, percebo tristeza; quando vou ao velório de quem não ora,
percebo desespero.
A segunda eficácia se verifica na transformação continuada
de nosso ser. O chamado ao discipulado é um chamado para estar com Cristo (Mc.
3.14; At. 4.13). Através de nossos relacionamentos, nós vamos sendo modificados
“como o ferro que com o ferro se afia”, mas na oracão Deus nos transforma
pessoalmente. Enquanto conversavam, Deus
disse a Abraão: “A partir de agora o seu nome não será mais Abrão, mas Abraão”.
Claro que Deus não estava mudando apenas o nome de um homem que orava. Na oração, Deus “coloca a mão na massa” e vai
fazendo a gente ficar parecido com o “projeto original”, Jesus. Você sente que
ainda falta algo? Então ore mais. “E, se algum de vós tem falta de sabedoria,
peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á
dada”. (Tiago 1:5). Ouvi de um homem que foi muito injustiçado. Ele comprou um
revolver para matar quem o prejudicou. Foi para casa orar, como era seu
costume. Era apenas os dois, ele e Deus. Depois de uma enorme luta, foi tomado
pela graça de perdoar. No dia seguinte, devolveu o revolver e seguiu sua vida.
Deixamos de nos tornar tanta coisa boa…”Só porque nós não levamos tudo a Deus
em oração!” (Cantor Cristão, 155).
A terceira eficácia de uma vida de oração é o poder, a
autoridade, a coragem, o brilho nos olhos. Posso ser apenas um corpo andante ou
posso ser um gigante de fé. A ordem do
Filho do Homem é não sair de casa sem poder (Atos 1.8). Uma vida de oração
aumentará o poder de sua vida e de seu ministério. Existe uma casta de demônios
que não se expulsa senão pela oração e pelo jejum. (Mateus 17:21). “Se vós estiverdes em mim, e as minhas
palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”
(João 15:7-8). “Então eles, vendo a
ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos,
maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus”. (Atos 4:13).
Por fim, uma vida de oração nos envolve na agenda de Deus.
Se eu frequentar o gabinete do prefeito, não vou ser envolvido com os assuntos
e movimentos dele? Também, se eu permaneço com Deus, estarei ouvirei coisas
altas e grandes que nunca tinha ouvido antes, coisas do tipo: “E busquei dentre
eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim
por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei” (Ezequiel
22:30). Estamos demasiadamente envolvidos
como projetos pessoais.
Então, uma vida de oração é definitivamente eficaz:
Deus se revela a mim – relacionamento;
Deus trabalha em mim – transformação;
Deus trabalha através de mim – empoderamento;
Deus trabalha comigo – envolvimento.
Pr. Juracy Bahia
Segunda Igreja Batista em Petrópolis/RJ
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