E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e,
assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;( Mateus 5:1)
Há pessoas que olham para uma multidão e não conseguem ver
outra coisa, a não ser problemas em potencial. Para Jesus, ver um monte de
pessoas significava sempre a oportunidade de compartilhar o amor de Seu Pai. É
o que nos diz Mateus: “E Jesus vendo a multidão, subiu a um monte e,
assentando-se aproximaram-se Dele os Seus discípulos. E, abrindo a Sua boca, os
ensinava...” .
Quem lê os dois primeiros versículos de Mateus 5, pela
primeira vez, nem sequer imagina que, logo após, vai ler o Sermão do Monte, o
cartão de visitas de Jesus. Ao ensinar as “bem-aventuranças”, o Filho de Deus
introduz na dimensão do nosso tempo de humanos os primeiro vislumbres da Sua
eternidade. Para o Messias, ver as multidões sempre foi Seu desafio. Porque é
difícil dizer quando é que os humanos sofrem mais: quando estão sozinhos e se
sentem obviamente sós ou quando estão no meio de um monte de gente e são
afligidos pelo sentimento de solidão.
Ver o indivíduo vivo ao nosso lado, não deve ser considerado
como suficiente. Vizinho ao nosso mundinho, onde curtimos a monotonia das
nossas pequeninas mesmices, existe também a macro realidade do mundo que Deus
ama. As multidões são tão insensatas e tão desalmadas que, às vezes, dá vontade
de ignorá-las e evitá-las. Os Evangelhos nos relatam duas vezes, Jesus ter
chorado: uma das vezes aconteceu quando Ele viu a multidão de Jerusalém e
previu a destruição da cidade, no ano 70 (Lucas 20:41-42). Se é que levamos a
sério o estabelecimento do Reino de Deus nesta Terra, ver as multidões deve
fazer parte de nossa estratégia espiritual.
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