Amanhã é um dia muito importante para todos os cidadãos
brasileiros espalhados por este imenso país-continente, onde estaremos
escolhendo aqueles que estarão dirigindo os nossos municípios pelos próximos
quatro anos.
Por uma questão de autoproteção é comum os homens tomarem
decisões extremadas pelo receio daquelas que vão totalmente de encontro as
suas. Acabamos adotando posicionamentos radicais em várias áreas de nossas
vidas. Em relação à política temos visto uma multidão de cristãos que decidiram
se alienar, pois, a veem como algo do maligno pela podridão que a atingiu nas
últimas décadas. Para se justificarem ainda alegam que o nosso alvo é o céu e o
que nos compete como cristãos é apenas a oração intercessória pelas autoridades
constituídas. Esta, com certeza, é uma decisão fora do equilíbrio, pois não há
fundamentação alguma para que tomemos esta postura. A política em si não é algo
ruim, pelo contrário, a Bíblia está repleta de relatos de pessoas que exerceram
cargos nela e foram bênçãos para a comunidade. José no Egito exerceu um papel
importantíssimo na política daquela nação, sendo instrumento de Deus para
liderar o povo em meio a uma enorme crise de escassez de alimentos; Daniel é
outro exemplo de um político correto, temente a Deus e que não se deixou vencer
pelo sistema orquestrado pelos demônios e todos aqueles inimigos de Deus. O que
fará a diferença é a atuação dos homens que poderão utilizá-la para trazer
benefícios ou prejuízos para o povo, então, o problema não está na política e
sim nos homens. Alguém já conseguiu imaginar uma sociedade sem líderes, sem
autoridades, sem governo, isto seria simplesmente o caos.
Apesar dos cristãos terem como meta os céus, a nova cidade,
enquanto estiverem aqui na terra deverão cumprir os seus deveres de cidadãos;
devem exercer a sua cidadania; devem ser participantes nas escolhas dos novos
dirigentes, com uma responsabilidade ainda maior pelo conhecimento que possuem
acerca de Deus e da sua Palavra.
O grande problema é que um número considerável de cristãos
ou não se envolvem ou se envolvem de maneira equivocada na política; tendem a
misturar política com religião; querem observar como único parâmetro para a
escolha dos candidatos se são também cristãos ou não. Uma pessoa pode ser uma
fiel testemunha de Cristo, pessoa íntegra e cheia de boas intenções,
entretanto, não possuir a menor vocação para a política; existem outros
critérios que os cristãos devem observar na hora de escolherem os candidatos,
tais como: Competência, experiência, liderança, conhecimento, caráter, que
independe de qualquer religião, etc. Todos os políticos eleitos deverão
governar para todos, indistintamente, e não apenas para um grupo seleto.
Portanto amados irmãos em Cristo, ore sim, peça a Deus
discernimento e sabedoria, mas não deixe de comparecer as urnas e escolher o
candidato que você, após realizar uma criteriosa avaliação, acredita ser o
melhor para ocupar as funções de Prefeito e vereador de sua cidade pelos
próximos anos. Jesus quando foi indagado pelos religiosos da sua época a respeito
do pagar impostos, foi incisivo: “Dê a César o que é de César e a Deus o que
é de Deus” (Mt 22.21). Cumpramos então a legislação dos homens a que
estamos submetidos e não nos omitamos, pois, o que nos compete fazer Deus não o
fará.
Deus abençoe o nosso povo nos concedendo sabedoria na
escolha dos nossos governantes!
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