“Levantaram-se e voltaram imediatamente para Jesuralém. Ali
encontraram os onze e os que estavam com eles reunidos, que diziam: É verdade!
O Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” (Lucas 24.33-34)
Esta semana estivemos com os discípulos no caminho de Emaús.
E com eles, estivemos com Jesus. Procuramos compreender o momento que viveram e
aprender lições para nossa jornada de fé. No texto de hoje os vemos de volta em
Jerusalém. Eles haviam partido porque pensavam que tudo estava acabado, mas
acabaram compreendendo que a cruz não foi o fim. Ela foi o ponto de consumação
do ministério terreno de Jesus, o Cristo. A cruz não matou o Cristo, a cruz o
revelou. A cruz não o venceu e nem a morte o venceu. A derrota era apenas
aparente. Ele venceu e ressuscitou como estava previsto. Os discípulos do
caminho de Emaús acabaram por compreender e crer e isso os fez voltar
imediatamente para Jerusalém.
Eles estavam ansiosos para contar aos demais discípulos e
ajuda-los a compreender e crer. Mas Jesus já havia trabalhado as mesmas
questões também com eles. Todos estavam lidando com a decepção que a cruz e a
morte lhes causaram, mas a ressurreição já havia acontecido. E isto mudou tudo.
Eles tinham estado abatidos, mas não havia motivo para tal. Por fim compreenderam e creram. A fé cristã é
pessoal, mas não é individual. É a fé no Cristo que veio por cada um de nós e
por todos nós. Um dos sinais da ação de Deus em nossa vida é que ela é similar
a ação de Deus na vida de outros. E assim o caráter comunitário da fé cristã
nos envolve. E, olhando todos para a mesma direção, movidos pela mesma
compreensão e fé, agimos na história como Corpo de Cristo – Igreja.
Não se trata de uma comunhão, uma comunidade orientada por ideias
e ideais humanos, como pode acontecer em tantas outras propostas de associação
de pessoas. Uma igreja, para que tenha um caráter cristão, precisa existir e
mover-se em torno de uma pessoa: Cristo.
E orientar-se pelas verdades a respeito de sua vida e ministério. É o
que pensamos sobre Cristo, o que cremos sobre Cristo que define tudo. E não o
que pensamos ou cremos a respeito um dos outros. Isto importa, mas é aquilo que
é o fundamento. Os discípulos do caminho de Emaús eram, na verdade, discípulos
de Jerusalém e para lá voltaram. Lá encontraram os demais e juntos sustentaram
o testemunho sobre Cristo: Jesus é o Senhor. Em que caminho estamos? Para onde
devemos ir? Com quem vamos nos unir e que testemunho vamos sustentar? Tudo
depende de, se Cristo está conosco no caminho.
ucs
Nenhum comentário:
Write comentários