|1 Coríntios 13.1-3|
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não
tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que
eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e
tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda
que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser
queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.”
Quanto o amor é o mais importante para nós? Quanto amar é
nosso mais ambicioso projeto de vida? Normalmente não muito. Normalmente são as
línguas dos homens e dos anjos que nos encantam. Normalmente sonhamos em ser
profetas e desejamos a capacidade de esclarecer mistérios e de dominar várias
áreas de conhecimento. O quanto é grande a nossa fé e o que estaríamos
dispostos a realizar por ela? Mover montanhas, entregar tudo que temos para os
necessitados ou, quem sabe, nos dispor ao martírio? A fé é mais importante para
nós que o amor. Paulo menciona em seu texto coisas de fato impressionantes e,
para cada uma delas, diz que sem amor, não tem valor. Inclusive a fé e isso nos
confundem.
Por que somos tão fracos para amar? Porque somos pecadores!
E por que o amor é assim tão central na vida, ao ponto de tornar sem valor
coisas tão grandiosas como as citadas por Paulo? Porque Deus é amor! Porque
fomos criados à Sua imagem e semelhança e, portanto, criados para viver em
amor! O que nos qualifica como seres humanos, segundo a intenção do Criador ao
nos criar, é nossa dedicação ao amor. Não há humanidade, não há santidade, não
há dignidade sem amor. Como isso nos soa estranho!!! Mas parece ser a mais pura
verdade à luz do Grande Mandamento e do que lemos neste texto de Coríntios. À
luz da vida de Cristo o amor é nossa maior necessidade e nossa missão de vida.
Não apenas o amor que vem fortalecido pelo bem querer emocional. Este também!
Mas também o amor como escolha e obediência, que torna possível amar pessoas de
quem não gostamos.
Há tanto desamor por todo lado, por isso há tanto pecado. Em
nós, no próximo, em nossas famílias e em nossa sociedade. Nem sabemos bem o que
seja o amor e por isso entendemos tão pouco de humanidade e de santidade.
Precisamos de Deus e a boa notícia é que Ele nos ama e já veio a nós!
Ofereceu-se a nós! Como interpretamos Seu amor e vinda? Muitas vezes de forma
que não nos permitem conhecer o Seu amor e com Ele aprender a amar. E aí
continuamos impressionados com línguas, maravilhas, mistérios e tentamos dignificar
nossa vida por meio de sacrifícios, iludidos! Nessas condições praticamos um
zelo que gera pobreza espiritual e orgulho religioso. Quanto temos a aprender!
Quanto precisamos amar! Apenas quando escolhermos definitivamente o amor é que
compreenderemos onde está a grandeza da fé e a beleza da dedicação.
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