O pecado tem sido disfarçado nestes dias, aparecendo com
novos nomes e caras. Por exemplo, os homens já não ficam mais sob convicção de
pecado; eles têm um complexo de culpa. Em lugar de confessar suas culpas a
Deus, para se livrarem delas, deitam-se num divã e tentam relatar o que sentem
a um homem que deve conhecer melhor tudo sobre eles. Após algum tempo, a
resposta dada é que eles foram profundamente desapontados quando tinham dois
anos, ou alguma coisa semelhante. Supõe-se que isso os fará sentirem-se melhor.
Tudo isso é ridículo, porque o pecado é ainda o mesmo antigo
inimigo da alma. Ele nunca foi alterado. Precisamos tratar firmemente com o
pecado em nossa vida. Lembremo-nos sempre do que disse o apóstolo Paulo: “O
reino de Deus não consiste em comer e beber, mas em justiça, paz e alegria no
Espírito Santo” (Rm 14.17). A justiça repousa à porta do reino de Deus. “Aquele
que pecar, esse morrerá” (Ez 18.4, 20).
Não estou pregando a perfeição sem pecado. Antes, quero
dizer que todo pecado conhecido deve ser nomeado, identificado e repudiado, e
que devemos confiar em Deus para nos libertar dele, para que não exista
qualquer pecado consciente, deliberado em qualquer parte de nossa vida. É
absolutamente necessário que façamos isso, porque Deus é um Deus santo.
Portanto, não chame seus pecados por algum outro nome. Se
você é invejoso, chame-o de inveja. Se você tem a tendência à autocomiseração e
a sentir que não é apreciado, chame esse pecado pelo que ele é: auto piedade.
Também há o ressentimento. Se você está ressentido,
admita-o. Tenho conhecido pessoas que vivem num estado de indignação furiosa a
maior parte do tempo. Conheço uma pessoa que age como uma galinha lançada fora
do ninho: ele fica correndo em todas as direções queixando-se e murmurando –
alguém está sempre fazendo-o errar. Ora, caso você tenha esse mesmo “espírito”,
tem de tratar com ele imediatamente. Você precisa livrar-se disso. O sangue de
Jesus Cristo nos purifica de todo pecado. Em lugar de tentar disfarçar o
pecado, ou procurar uma tradução grega opcional em algum lugar sob a qual
ocultá-lo, chame-o por seu nome correto e livre-se dele pela graça de Deus.
Há também o mau humor. Não o chame de indignação. Não tente
chamá-lo de algum outro nome. Chame-o pelo que ele é. Porque, se você tem mau
humor, ou você se desfaz dele ou ele desfará muito de sua espiritualidade e
alegria.
Sejamos
perfeitamente puros. Deus ama pessoas puras.
*(Texto extraído do livro: Cinco Votos para Obter o Poder
Espiritual, da Editora dos Clássicos)
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