Era um momento de crise na vida de Jacó. Quando fugia do
irmão, viveu uma experiência marcante com Deus. Num sonho, Deus reafirma suas
promessas e garante: “Eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que
fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja
cumprido o que te tenho falado” (Gênesis 28:15). Jacó, então, pegou a pedra que
tinha usado como travesseiro, entornou azeite sobre ela e a transformou num
marco de compromisso. Fez uma espécie de juramento para si mesmo e aos céus. Se
a sua jornada fosse abençoada, ele serviria a Deus e daria o dízimo de tudo. A
pedra ungida era agora um marco para não se esquecer da experiência vivida.
O passado nos empurra, positiva e negativamente, individual
e coletivamente. Até mesmo os melhores momentos da vida e os compromissos
firmados podem perder a sua força motivadora sobre nós, mesmo sendo pessoas de
caráter, sabedoria e fé.
Além da rotina devocional, precisamos de experiências com
Deus que nos levam a grandes decisões de vida. Eles ocorrem com maior
frequência quando da exposição à Palavra de Deus, na oração e na atitude de
desapego. Esses encontros impulsionam nossa caminhada, como a base de um
foguete empurra a cápsula para cima. Podem ser desejados e buscados, mas muitas
vezes são provocados pelo próprio Deus.
Uma vez extraordinários, devem ser protegidos por marcos,
para causarem um novo impulso, cada vez que lembrados e celebrados. É relevante o fato de, vinte anos depois, Jacó,
passando por outra crise, sente, de Deus, orientação para voltar e tocar nessa
pedra-marco (Gênesis 31.13). Precisamos fazer a manutenção dos pontos que
marcaram nossas vidas, incluindo, e especialmente, aqueles que marcaram nossa
vida espiritual. Por isso comemoramos bodas de casamento e a Ceia do Senhor.
Cabe a cada um de nós guardar essa "memória". Como esquecer um pacto
com Deus, se Ele ainda continua comprometido?
A Igreja de Éfeso tinha sofrido uma queda espiritual, mas
ela tinha “Um primeiro amor" para onde voltar. Criticamos o irresponsável
filho pródigo, mas ele tinha uma imagem que não lhe saia da cabeça: “na casa de
meu pai há abundância de pão”. Lowell Bayley quando questionado sobre o segredo
de tanto vigor, sendo já tão idoso, respondeu: “Percebo que Deus renova, de
tempos em tempos, os meus desafios.”
Viva experiências com Deus que possam empurrar você bem
alto. Faça marcos que impeçam que sejam esquecidas e cuide desses marcos para
que não se percam com as mudanças que o tempo causa em quase tudo.
Perguntas para reflexão
- O que podemos fazer para preservar o impacto positivo que nossas grandes experiências com Deus nos causaram?
Pr. Juracy
Bahia
Segunda
Igreja Batista em Petrópolis/RJ
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