As primeiras e mais profundas impressões na mente das
crianças são deixadas pelas mães. É sob os seus cuidados maternais que a forma
física dos filhos vai se desenvolvendo, que as faculdades intelectuais vão se
fortalecendo e o caráter vai sendo formado. Quão importante, portanto, que as
primeiras lições e impressões, por parte das mães, estejam repletas de
sabedoria, bondade, piedade, fidelidade e perseverança.
A Bíblia sempre valorizou e propagou o valor que as mães
ocupam na sociedade. É tanto, que o apóstolo Paulo prescreve que a mulher não
invista seu tempo, prioritariamente, no ensino público da Escritura, pois isto
demandaria tempo. À mulher foi outorgada a indispensável e intransferível
“missão de mãe”. Papel este, que deve ser exercido “em fé, e amor, e
santificação, com bom senso” (1 Tm 2.15). Como isto demanda empenho, tempo e
dedicação!
A nossa geração está colhendo as conseqüências do que vem
sendo semeado e cultivado ao longo de duas gerações. A semente do feminismo
radical, que deprecia o nobre e abençoado papel de mãe, tem-nos feito colher,
hoje em dia, frutos horríveis e amargos. Basta que se observe os filhos desta
geração e se ouça o diagnóstico de especialistas honestos sobre o assunto.
As crianças serão, e deverão ser, pela própria natureza do
núcleo familiar, conforme o plano de Deus, profundamente influenciadas pelo
caráter maternal que governa sobre elas. É raro encontrarmos, por exemplo, uma
criança sem brilho e falta de sabedoria, que tenha sido educada sob os cuidados
de uma mãe de fé, amorosa, santa e com bom senso.
É de incalculável importância, portanto, que as mães desta
geração se despertem e/ou nutram o senso de responsabilidade e missão maternas.
E passem isto adiante (Tt 2.3-5). Uma consciência profunda do valor deste
ministério santo provocaria um enorme desejo de se conhecer, pela Escritura, as
maneiras de se desempenhar, da melhor forma possível, este difícil e, nem por
isso menos honroso dever. Instruções seriam diligentemente buscadas, exemplos
seriam avidamente contemplados e examinados, e graça divina seria
fervorosamente implorada.
Bom seria se os filhos desta geração pudessem fazer coro ao
testemunho de Agostinho. Escrevendo sobre sua mãe, Mônica, ele expressou-se, em
oração a Deus, dizendo: “Minha mãe era a serva de todos os teus servos. Todos
os que a conheciam louvavam, honravam e amavam profundamente a ti, por nela
sentirem a tua presença, comprovados pelos frutos de uma vida santa… Educara os
filhos, gerando-os de novo tantas vezes quantas os visse afastarem-se de ti.
Assim era minha mãe, graças às lições que tu, seu mestre espiritual, lhe
ensinaste. E ao final, nos últimos anos de vida do marido, ela o conquistou
para ti. Depois da conversão deste, ela não precisou mais lamentar os ultrajes
que antes sofria” (Confissões, Livro 9, Parte 9).
Que Deus te abençoe mamãe, com graça e misericórdia,
auxiliando-te para que os teus filhos, e também os filhos de teus filhos,
levantem-se e chamem-te bem-aventurada (Pv 31.28).
Pr. Leandro B. Peixoto
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