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24/05/2015

Responsabilidade Humana x Poder corruptor do meio

Sempre que tomamos conhecimento do envolvimento de um pobre numa prática criminosa, nos dividimos em dois grupos opostos: primeiro, o daqueles que põe toda a ênfase na responsabilidade pessoal do criminoso. Bradamos: "Não há o que justifique o crime". Há daqueles, contudo, que encontram-se num outro extremo. Eliminam a responsabilidade humana botando todo o peso da responsabilidade sobre o caráter corruptor do meio -a injustiça social.

Ambas as formas de pensar são desumanas, irracionais e carentes de simetria. Elas cometem o erro de elevar um aspecto da verdade à condição de verdade completa.

Negar a responsabilidade humana é conduzir a sociedade ao caos. Significa atribuir ao comportamento humano um determinismo -de natureza social- que lança no lixo todo o conceito de dignidade humana. O que também nos conduz a declarar o que ninguém consegue sustentar na prática, especialmente, quando se põe no lugar da vítima.

Não considerar o papel corruptor do meio -o poder corrosivo da desigualdade social-, é praticar, de modo diferente, os mesmos erros supramencionadas. Expõe a sociedade ao caos, uma vez que nega as causas indiscutíveis de grande parte dos conflitos entre homens. Por que adolescentes suecos, finlandeses e noruegueses não estão praticando roubo com faca?

Pensar apenas no dever do indivíduo,sem considerar suas circunstâncias político-sociais, nos expõe a pensamento racista presente na cabeça de muitos: que todos estamos sujeitos a um outro tipo de determinismo, o que atua do modo mais inexorável possível -o genético. Matamos muito no Brasil porque somos uma sub-raça mestiça. Se genética é destino, esqueça de chamar os políticos brasileiros de corruptos. O que eles podem fazer se nasceram para roubar? Se o problema é esse e dele estamos certos a partir dos dados da violência no Brasil, não se esqueça de falar sobre os dados da violência na Alemanha de Hitler. Lembre-se da noite de São Bartolomeu, na França. E inclua a presença americana no Vietnam e o que eles fizeram antes com os índios no período colonial.

Podemos ser contra a impunidade e ao mesmo tempo protestarmos contra as causas sociais da violência. Salta aos olhos um fato. Não sei como não o consideramos. A desigualdade social, numa sociedade de consumo, num contexto de guerra às drogas e Estado no qual suas instituições não funcionam, serve da parteira da maldade. O mal que está presente no coração de todos nós, seres viciados em si mesmos, não se manifestaria, em grande parte, se não fosse provocado. É certo que esse modelo de sociedade não levará a todos à prática do crime, mas sempre levará a alguns, o que não elimina a responsabilidade pessoal do criminoso, mas que avulta a responsabilidade social dos que permitem a si mesmo viver numa sociedade de guetos de exclusão.

No Brasil, historicamente, sempre combatemos a violência com violência. Nossa história é uma história de genocídio, desigualdade e abuso de poder. É estranho, vivendo num país como esse, falarmos mais sobre punição do que sobre inclusão.

Não quero viver num país que exponha a vida de pessoas inocentes aos motivos torpes de criminosos contumazes, mas também não quero viver num país cuja a consciência esteja tão endurecida a ponto de se esquecer dos seus milhões de miseráveis.

Pr. Antônio C. Costa

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