E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera,
descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. (Gênesis 2:2).
Não existe fim sem começo. Por outro lado, para fim
almejado, impõe-se a adoção de um começo adequado. Uma profunda ilustração
deste raciocínio foi escrita por Moisés: “No sétimo dia Deus já havia concluído
a obra que realizara e, neste dia, descansou”.
Descansar implica, automaticamente, em uma postura de
descontinuidade, após uma atividade devidamente planejada e que produziu
resultados satisfatórios. A narrativa bíblica da criação certamente não deve
estar afirmando que o Deus Todo-poderoso, fonte de toda a possível energia do
universo, ficou realmente exaurido de Suas forças, depois dos “seis dias”
intensos de Suas obras espetaculares. O verbo “descansar” não precisa ser
encarado como o necessário ócio recuperador, porque alguém “gastou”
intensamente sua forças. Ele pode significar, também, a atitude de alguém que,
tendo planejado detalhadamente suas tarefas, se deu conta de que seus objetivos
foram devidamente alcançado.
Seres humanos que não “descansam” evidenciam pessoas levadas
ao vento, sem planejamento de vida, sem sentido pessoal. Saibamos ou não, viver
na indecisão é, em si, uma evidente tomada de decisão. A Bíblia é mais do que
clara, quando nos alerta, dizendo que “nenhum de nós vive para si e nenhum
morre para si” (Romanos 14:7). Gostemos ou não, a vida de cada um de nós tem
tardes e tem manhãs. De nada nos adianta ignorar nossa responsabilidade.
Ninguém consegue descansar, após não fazer nada, por nada ter planejado.
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