Diante do desafio que Cristo nos deu em Mateus 28.18-20, uma
pergunta me vem à mente: você quer ser participante da grande comissão ou da
grande omissão? Talvez a nossa resposta estará baseada no que compreendemos
desta responsabilidade que nos foi dada.
Para que fique mais claro, quatro pontos devem estar bem
definidos:
A autoridade da nossa missão
No versículo 18 vemos que o Mestre inicia seu discurso
demonstrando de onde procedia a autoridade para a ordem que seria dada. A
autoridade de Cristo está tanto sobre os seres espirituais (anjos e demônios)
quanto sobre os governantes temporais (autoridades terrenas instituídas). Ainda
mais, está sobre os que se chamam seus servos, os cristãos. Diante de tal
autoridade não há espaço para argumentações e racionalizações, somente há
espaço para obediência.
O âmbito da nossa missão
No início do verso 19 Jesus delimita o âmbito de nossa
missão, e ele não é realmente muito limitado. Devemos fazer discípulos de todas
as nações. Nesse sentido, não podemos nos limitar às centenas de nações
independentes atualmente reconhecidas pela ONU (o que já seria um grande
desafio), mas temos que entender que Cristo declarou que o âmbito são todas as
etnias, o que aumenta o nosso escopo de centenas para milhares, pois temos que
considerar todas as línguas distintas, todas as culturas distintas e todos os
grupos étnicos distintos. A missão realmente é enorme.
A atitude da nossa missão
Depois, então, vemos qual deve ser nossa atitude. Como
igreja, nossa atitude deve ser diferente da que teve Israel. Não devemos
reproduzir uma determinada cultura, mas temos que entender que o cumprimento da
nossa missão é supra cultural. Discipular significa tornar alguém submisso à
disciplina; motivar à identificação com o Deus trino; promover obediência sem
reservas. Algumas dessas atitudes respeitam as diversas culturas étnicas,
outras, exigem obediência exclusiva à cultura do Reino.
O amparo da nossa missão
Para concluir, a segunda parte do verso 20 nos consola. Se
você tem sido cristão (não importa há quanto tempo), certamente já experimentou
esse “estarei convosco” na sua vida. Se olharmos sinceramente para a história e
percebermos como o trabalho de missões e como a história da igreja foi
preservada ao longo das eras, facilmente veremos a mão soberana de Deus agindo.
Além disso, podemos ter a confiança de que esse amparo só acabará com a vinda
daquele que prometeu estar ao nosso lado.
Reconheço que são difíceis o âmbito e a atitude da nossa
missão. São humanamente impossíveis. Mas sabedores da autoridade do enviador e
da qualidade do amparo que temos, não podemos esmorecer em cumprir nosso
trabalho. É uma honra para o gênero humano poder ser parte dos planos de Deus.
E então? Você será parte desta grande comissão ou se
esconderá vivendo a grande omissão?
Pr. Samuel Stroppa
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