Alegrem-se por isso, se bem que agora é possível que vocês
fiquem tristes por algum tempo. (1Pe 1.6)
Antegozar é uma arte que precisa ser aprendida. Se o motivo
para intensa alegria ainda não chegou, e se a alegria próxima ou distante é
absolutamente confiável, por que não usufruir dela por antecipação? Pedro acaba
de dizer que “há uma felicidade maravilhosa no futuro” (NBV). Certos disso,
vamos enfrentar de maneira sábia e proveitosa as aflições passageiras que
possam surgir no nosso caminho.
Essas aflições podem ser provocadas por tentações ou por
provações. A tentação é um convite para pecar e a provação é um convite para
aperfeiçoar. Somos tentados pela carne, pelo ambiente, pelas pessoas, pelas
potestades do ar e nunca por Deus. Somos provados pelas circunstâncias, pela
dor, pelas penúrias e por Deus. As tentações e as provações ocorrem agora e não
na plenitude da salvação, em intervalos grandes ou pequenos. Muitas vezes, elas
são necessárias para testar e aperfeiçoar o caráter. Elas se encaixam naquela
observação de Paulo: “Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o
bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28).
Essas diversas provações e tentações, mais estas do que
aquelas, deixam o povo de Deus temporariamente contristado, entristecido e
afligido. Para suportá-las, ele deve se lembrar da herança incorruptível,
incontaminável e imarcescível guardada no céu, da esperança viva e da
felicidade maravilhosa escondidas no futuro próximo. Olhando para frente, ele
vê o tanque cheio de graça, de paz e de felicidade. Mas ele pode e deve olhar
também para trás e ver aqueles heróis da fé que foram insultados e surrados,
acorrentados e jogados na cadeia, mortos a pedradas e à espada e até serrados
pelo meio (Hb 11.36-37).
Ancorado na esperança cristã, o crente pode e deve se
alegrar por antecipação!
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