Algumas pessoas têm vontades perversas facilmente
identificáveis porque não toleram oposição. Outras têm um outro tipo de vontade
que parece ser boa, mas é maligna e pode ser reconhecida por seu fruto –
impaciência. Se uma vontade verdadeiramente boa for obstruída, diz: “Ó Deus, eu
pensei que o que eu queria fosse bom. Se não deve acontecer, estou satisfeito.
Que a tua vontade seja feita”. Onde há conflito e impaciência não há nada bom –
não importa quão bom possa parecer.
Além desses dois tipos de vontades malignas, há ainda uma
vontade boa que Deus não quer que realizemos. Essa é a vontade de Davi quando
quis construir um templo para Deus. Deus o louvou por isso, porém não permitiu
que acontecesse (2Sm 7.2-29). Esse tipo de vontade é, também, o que Cristo teve
no Jardim do Getsêmani. Apesar de boa, sua vontade precisou ser deixada de lado
(Lc 22.42). Assim, se você quiser salvar o mundo inteiro, ressuscitar os
mortos, enviar a si mesmo e a outros para o céu e realizar milagres, precisa,
primeiro, procurar a vontade de Deus e submeter a sua própria vontade à dele.
Você deve orar: “Querido Deus, isso ou aquilo me parece bom. Se agrada a ti,
que seja feito. Se não, que permaneça sem acontecer”.
Frequentemente Deus quebra uma boa vontade para que uma
vontade falsa, maligna, não penetre furtivamente, parecendo ser boa. Ele o faz
para que aprendamos que mesmo que nossa vontade seja muito boa, ainda é
imensuravelmente inferior à dele. Assim, nossa vontade boa inferior deve dar
preferência à vontade infinitamente boa de Deus.
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