“Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e
calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os
outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo.”
(Efésios 4.31-32).
Há uma ocupação na qual todos estamos envolvidos, vinte
quatro horas por dia, sete dias por semana. Sem interrupções. É a ocupação de
nos tornar as pessoas que seremos ao final da vida. Esta é a nossa mais nobre
missão, pois dela dependem as
demais. Normalmente nos dedicamos e nos
preocupamos muito com nossos bens, com o
que conseguiremos possuir ou acumular,
e esquecemos de quem estamos nos tornando. Nossas escolhas, atitudes, ações e
nossas crenças fazem contribuições fundamentais e firmam as raízes de quem
estamos vindo a ser. Por isso mudar é tão desafiador, pois não foi ontem que
começamos a ser quem somos hoje. Isso vem de longe! Não mudamos de vida como um
carro faz um retorno. Somos mais parecidos com transatlânticos!
A experiência cristã significa, entre outras coisas, que
Deus está fazendo parte de todo este processo. Ele não o realiza sozinho,
agindo sobre nós como se modelasse uma massa ou programasse uma máquina. Ele
age em nós dando-nos de Si mesmo e inspirando-nos de forma especialmente boa.
Às vezes executa uma ação soberana em nós e muda algo! Mas diariamente fala,
orienta, desafia, questiona e convida-nos a segui-lo. Ele não dispensa nossa
participação, pois criados à Sua semelhança, somos seres capazes de uma
liberdade que exige responsabilidade e escolhas de nossa parte. Logo, há algo
que nos cabe e precisaremos fazer por nós mesmos. Em outras palavras, somos aperfeiçoados
por Deus e por nós mesmos, em comunhão com Ele.
Por isso Paulo disse que devemos nos livrar de toda
amargura, indignação e ira, gritaria, calúnia e maldade. Ele nos deu exemplos,
mas há muitas outras coisas: inveja, desequilíbrio financeiro, materialismo,
envolvimento com pornografia... a lista pode ser gigantesca! É nossa
responsabilidade agir para nos libertar de coisas como estas! E disse que
devemos ser bondosos, compassivos, perdoadores e cultivarmos todas as virtudes
que pudermos! Sua orientação não é que oremos pedindo isso, mas que tenhamos
atitudes que nos levem a essas mudanças! Podemos e devemos orar, mas é nossa
responsabilidade agir. Não faz sentido dizer que somos seguidores de Cristo sem
que esse processo de renovação e melhoria esteja acontecendo em nós. O que Deus
precisa fazer Ele sempre faz! O problema é a nossa parte!
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