Um prefeito (Rio de Janeiro) que solicita ao cidadão
reclamante que mude de cidade ao invés de reconhecer sua má gestão.
Um comentarista esportivo que se diz satanista convicto e
que Deus não é tão bom quanto dizem.
Um governo temporário que, conquanto não seja
ideologicamente igual, descobre-se tão corrupto quanto aquele que foi retirado,
favorecendo a frase de que "o xerife é tão bandido quanto o ladrão".
Um pastor e uma "pastora" que escandalizam a
sociedade, num processo de pedofilia dele, num segundo casamento dela e num
fechamento súbito e sem maiores detalhes de uma "igreja"
arrecadatória de recursos de fiéis.
Um mafioso com nome de "queda dágua" que não para
na cadeia, ri-se da sociedade e mantém-se ileso, numa suposta prisão
domiciliar, com direito ao luxo e ao estilo mais rico que o mundo possa dar.
Um estilo de música maldito, dos morros cariocas e da
periferia paulistana, que mostra os chamados "ostentadores", crianças
que dizem coisas chulas e se vestem de dinheiro, ouro, carros caros e mulheres,
ovacionados pela sociedade e detentores de mídia.
Estádios construídos com dinheiro público, com boa parte da
verba distribuída por políticos e criminosos, e que não tiram o público dos
campeonatos, nem impede a constante circulação de dinheiro de um lazer
comprado, com campeões contratados e anunciados previamente.
Um governo que afirma não cobrar maiores impostos do país e
que manda ao congresso um projeto cheio de novos impostos, sem pejo de renegar
o que diz no próprio discurso.
Candidatos à presidência da câmara, que até ontem se odiavam
publicamente por diversas razões, hoje apresentam-se como fruto de acordos
entre os antagônicos, trazendo o ex-presidente barbudo como articulador do
candidato dos oposicionistas.
Uma igreja católica que mantém em seus programas padres a
tocar canções sertanejas de cunho adúltero e fornicário, que não temem pregar
contra a fé no entretenimento público, conquanto consigam níveis de audiência
que mantenham os canais no ar e os programas rentáveis.
Um povo evangélico que não faz juízo de valor dos seus
pregadores; antes, continua a lotar as igrejas, os congressos e a audiência
midiática de apóstolos que levaram dinheiro dentro de bíblias, pastores que
receberam propina de políticos, missionários que projetam novelas sobre dez
mandamentos e transformam-nas em grife de sucesso e lucro, mas pregam contra os
dez mandamentos, apoiando descaradamente o aborto.
Bairros inteiros de São Paulo, pagadores de altos impostos e
proprietários de imóveis, obrigados a suportar bailes funk e festas malditas de
sexo e drogas a céu aberto desde sexta-feira, onde depredam carros, urinam nas
portas e transformam os locais em antros de perdição, e uma polícia impedida de
fazer qualquer coisa porque o prefeito chama isso de cultura e liberdade de
expressão.
Doentes com cólicas renais e pneumonia, que procuram
hospitais públicos e acabam morrendo na sala de espera porque há um médico para
atender 500 pessoas, sem recursos, sem tempo, sem equipamento e sem dinheiro.
NOJO. Ânsia de vômito. Indignação. Tristeza. Sentimento
extremo de vazio. É o que a alma sente ao contemplar esse Brasil mundano. Isso
não torna o exterior melhor, pois eles têm os seus pecados e caminham para o
seu próprio abismo (a Europa com a islamização, a América para o ateísmo
completo, o Canadá com um primeiro ministro gay-ostentação, o mundo árabe com
seus homens-bomba).
Porém, eu sou brasileiro, nasci aqui e este é o meu país.
Lamento que a minha terra esteja assim. Mas é a fatura dos sacrifícios
oferecidos aos demônios todos os anos nas praias brasileiras. É o custo da
invocação do demõnio pela mídia e pelas famílias. É o preço pela falta de
família, de padrão moral, de vida sexual regrada pelo Criador. Há coisas que não
têm preço; há outras que têm troco. E o Brasil está a receber o troco pelos
seus pecados.
Cinquenta milhões de crentes, evangélicos? Se cem mil se
salvarem será muito! Só um remanescente realmente teme a Deus. Só um pequeno
grupo não anda na toada de Satanás. Poucos mudam de canal diante de uma tv
pervertida; poucos deixam de aceitar algum suborno ou de roubar alguma coisa
(sonegação, uma laranja na feira, uma mentirinha branda). O que se prega com a
boca e com a frequência na igreja não bate com o que se vive em casa ou no
âmago do coração.
NOJO. É o que Deus sente contra os crentes brasileiros.
"Porque não és quente e nem frio, mas morno, estou a ponto de vomitar-te
de minha boca".
Sinais dos tempos. Volta de Jesus. Apostasia da fé. Pastores
que não fazem jus ao chamado, moleques calças-curtas que atraem platéia, mas
não honram a Palavra que deveriam pregar.
Há esperança? Sempre há. Pouca, diga-se de passagem. Mas há.
E não está em grandes eventos, em grandes campanhas midiáticas e nem em mandar
mensagens para whatsapp ou twitter a dizer "Deus não está morto". A
esperança está no quarto fechado, joelhos dobrados e crentes em oração, ora em
clamores, a dizer: "Tem compaixão de nós, Senhor!" Assim agiu Daniel,
quando intercedeu pelo seu rebelde povo exilado em Babilônia. Assim orou
Ezequias quando sitiado pelo inimigo. Assim Deus espera que supliquemos dEle o
grande favor.
"Se meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar,
e orar, e se converter do seu mal caminho, então eu os ouvirei dos céus,
perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra". Promessa para Israel.
Porém, de conteúdo estendido aos cristãos em toda parte, que suplicarem por
suas nações. Deus poderia ter salvo Sodoma e Gomorra se mais de dez justos
houvessem ali. Não haviam. Onde estão os Abraões a clamarem pelo Brasil?
Eis-me aqui, Senhor. Tem piedade do meu país.
Pr. Wagner Antônio de Araújo
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