A palavra compromisso vem do latim ‘compromissu’, obrigação
ou promessa mais ou menos solene. Ajuste, pacto. Promessa de trato a ser
cumprido. Escrita vincular (Aurélio). Ela tem a ver com pacto de confiança,
palavra dada e cumprida; a disposição fiel de cumprir o que foi acertado ou o
que está escrito. Temos um compromisso com o Senhor e com o próximo. Deus, em
Cristo, se comprometeu nos salvar. O compromisso do Pai no Filho é para o nosso
bem. Com base nesse fato, não podemos prescindir do nosso compromisso com
Aquele que nos criou e nos salvou (João 1.3; Cl 1.15-18).
Mas temos a tendência de buscarmos o caminho mais fácil.
Apreciamos a ‘zona de conforto’. A lei do menor esforço é a mais procurada e
naturalmente vivenciada pela maioria. O que o Senhor requer de nós, Seus filhos
e servos, é o compromisso ou a disposição de sacrificar muita coisa por causa
DELE. Comprometer-se com Ele significa preferi-lO às coisas que gostamos muito.
Ele deve ser sempre a PRIORIDADE (Mt 16.24-27). Nada e ninguém deve ser obstáculo
entre nós e o Senhor. Compromisso pressupõe prioridade. O nosso compromisso com
o Senhor deve ser mantido seja qual for a circunstância. O Senhor Jesus é o
nosso modelo de compromisso, pois Ele nos ensinou que a vontade do Pai era o
centro da Sua vida (Mt 26.42; João 5.30). O Senhor vivia em função da Sua
obediência ao Pai. Jesus afirmou: “A minha comida é fazer a vontade daquele que
me enviou e completar a Sua obra” (João 4.34).
As pessoas por qualquer motivo faltam a Igreja. Elas fazem
encontros, aniversários no mesmo dia de trabalho na Igreja. Alguns vão ao
aniversário, mas não vem à Igreja. Têm tempo para a festas, mas não têm tempo
para a festa espiritual, para a celebração da morte e da ressurreição de Cristo
Jesus, para a adoração em comunidade, para o aprendizado da Palavra e o
testemunho do evangelho. Quantos têm mais compromisso com o ‘deus do
entretenimento’ ou o ‘deus do lazer’, do que com Aquele que deu a Sua por nós e
quer que sejamos Seus discípulos-amigos (João 15.13,14). O nosso compromisso
deve ser sempre motivado pelo pacto que o Pai fez conosco através do Filho (2
Co 5.18-20). É impressionante como Cristo nos ama! Como é triste ver que muitos
não O amam, pois o que dizem não corresponde ao que fazem. Há uma incoerência
aqui e muito forte. Como diz Aiden Wilson Tozer, “para muitos cristãos, Cristo
é pouco mais que uma idéia, ou, no máximo, um ideal; Ele não é um fato. Milhões
de cristãos professos falam como se Ele fosse real e agem como se não fosse”.
Somos
chamados ao compromisso com Aquele que a Si mesmo, voluntariamente, se deu por
nós na cruz. Não é possível ter compromisso com Cristo se não morremos com Ele
(Rm 6.1-11). Quando morremos para nós mesmos, passamos a viver para Cristo
Jesus. Paulo, comprometido com Jesus às raias da morte, declarou de maneira
impressionante: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fil 1.21). O
mesmo apóstolo disse: “Não mais eu, mas Cristo viver em mim” (Gl 2.20). Como
somos obtusos, muitas vezes, para compreendermos as coisas tão simples do nosso
Salvador! Ele requer compromisso da nossa parte. Ele não negocia a Sua agenda.
Sejamos dia após dia comprometidos com Ele. Não deixemos de congregar-nos por
qualquer coisa. Não permitamos que festas, convites de familiares e ‘amigos’
nos impeçam de cultuarmos, estudarmos as Escrituras na EBD ou participarmos de
qualquer outra atividade da Igreja. Nós não somos senhores de nós mesmos, mas,
sim, escravos dAquele que deu a Sua vida por nós na cruz (Rm 14.7-9). Seja o
nosso compromisso a partir do senhorio DELE sobre nós!
Pr. Oswaldo Gomes Luiz Jacob
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