
Como um pastor promove mudanças de modo sábio em sua igreja?
Pastores que entram em igrejas já estabelecidas ficam
rapidamente sobrecarregados pelas mudanças necessárias para melhorar a igreja.
O desafio para a maioria de nós reside em quando e como essas mudanças precisam
ser realizadas. Se você está se perguntando como escolher de modo sábio estes confrontos,
primeiro receba este excelente conselho que recebi ao ingressar em meu primeiro
cargo de pastor principal em uma igreja que claramente precisava de mudança e
revitalização:
“Pregue a Palavra, ame sacrificialmente esse povo e não mude
nada por algum tempo”.
Agora, tendo compartilhado esse conselho inestimável que
deve ser aplicado em primeiro lugar, aqui estão três perguntas a serem feitas à
medida que você age visando promover mudanças que são necessárias e como
fazê-lo com discernimento e sabedoria:
1) É bíblico ou uma questão de preferência? Seja o que for
que deseje mudar, certifique-se de ter um forte argumento bíblico para fazê-lo.
Se você deseja mudar a estrutura de sua igreja para uma pluralidade de
presbíteros/pastores, ou elevar o compromisso de todos os membros da igreja se
reunirem regularmente aos domingos (Hb 10.25), essas são mudanças bíblicas
apropriadas que devem ser buscadas. Se você quiser mudar a tradução da Bíblia a
ser pregada, o estilo da música ou remover o grande quadro de um Jesus branco e
americano em seu escritório, essas mudanças não possuem um argumento bíblico
tão claro. Quer seja bíblico ou uma preferência, importa como você promove as
mudanças e, em muitos casos, se você deve fazê-las.
2) É o momento certo? Só porque um argumento bíblico pode
ser dado em favor da mudança, não significa que seja o momento certo para fazer
a mudança. Muitos pastores jovens entram em uma igreja estabelecida, fazem mudanças
rápidas e necessárias porque “está na Bíblia” e não pensam em pastorear uma
congregação através dessas mudanças. Depois, eles se perguntam por que em
dezoito meses de seu pastorado, apenas a metade da igreja permanece e há uma
falta de confiança e suspeita generalizadas em relação ao pastor. É porque o
novo pastor estava muito ocupado em descobrir o que “precisava ser mudado” em
vez de primeiro amar e pastorear aquela congregação para que, posteriormente,
eles fossem receptivos à mudança.
3) As possíveis consequências valem a pena? Verifique se a
mudança pode ser ensinada como bíblica, considere se o momento é o correto, e
depois, um pastor deve ponderar se as consequências o parecem sensatas e valem
o risco. Por exemplo, eu não dividiria a igreja sobre uma pluralidade de
presbíteros/pastores, ou expurgaria rol de membros inflado nos primeiros anos
de uma igreja. Essas são mudanças que podem vir depois com bom ensino e
paciência. No entanto, eu arriscaria ser demitido confrontando um diácono encontrado
em adultério aberto, ou um ataque à divindade de Cristo, quer a igreja
estivesse pronta ou não. Escolher as batalhas certas com sabedoria envolve se
você está disposto a enfrentar as possíveis consequências de sua decisão, bem
como se posicionar diante de Deus com uma consciência limpa.
Esse é um modelo geral a ser seguido quando você determina
as alterações que deseja fazer e como elas devem ser escolhidas e executadas.
Faça o que fizer, escolha batalhas com sabedoria, como se você estivesse
naquela igreja dez anos ou mais. Isso lhe dará uma perspectiva diferente e
ajudará você a ser paciente.
Ah, e mais uma coisa. Ouça sua esposa. Minha esposa me
impediu de ser demitido algumas vezes por seus sábios cuidados sobre algumas
coisas diferentes que eu estava prestes a mudar. Sua esposa é sua ajudante e
será uma ajuda especial para evitar que você faça algo que possa se arrepender.
Ouça a sua esposa.
Pr. Brian Croft