Quem há de maltratá-los, se vocês forem zelosos na prática do bem? Todavia, mesmo que venham a sofrer porque praticam a justiça, vocês serão felizes.
“Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados.” (1 Pedro 3.13-14)
Pedro não quer que você diga que a pessoa que o prejudicou
estava agindo corretamente. Pois há um julgamento muito diferente entre eu e
Deus e entre eu e você.
Por exemplo, eu posso ter ira, ódio e desejos maus no meu
coração e não machucá-lo. Você continuará ileso e nada terá contra mim. Mas,
diante de Deus, eu sou culpado. Se ele me punir, faz o que é certo, pois eu sem
dúvida mereci a punição. Se ele não me punir, então está usando de misericórdia
comigo. Em qualquer caso, ele estará certo. Mas isso não significa,
consequentemente, que a pessoa que me perseguir também estará agindo
corretamente. Pois eu não procedi mal com aquela pessoa, diferente de como
procedi com Deus.
Em Ezequiel 29.19-20, Deus fala sobre o rei Nabucodonosor. É
como se Deus estivesse dizendo: “Você não sabe que ele tem sido meu servo e tem
me servido? Agora, eu devo dar-lhe uma recompensa. Eu ainda não o paguei. Eu
lhe darei a terra do Egito como sua recompensa”. Nabucodonosor não tinha
direito à terra, mas Deus tinha o direito de punir outros por meio dele. Para
que esses salafrários malvados não comessem seu pão sem pagar, Deus os faz
servi-lo por meio da perseguição ao seu povo.
Assim, a razão humana dá um passo à frente e pensa que
pessoas como eles devem estar fazendo o bem. Mas Deus está apenas pagando-os em
troca do seu trabalho de punir e perseguir cristãos devotos. Mas se você
suportar a pena e louvar a Deus dizendo: “Tu estás certo, Senhor!”, você se
sairá bem. Então Deus lançará aquelas pessoas no inferno e as punirá por agir
errado. Mas ele o receberá misericordiosamente e lhe dará salvação eterna.
Portanto, deixe Deus fazer o que quiser. Com certeza, ele irá retribuir a cada
um no final.
Extraído de "Somente a Fé – Um Ano com Lutero"
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