Os dias atuais são tempos de relativismo.
Nada mais é absolutamente certo ou errado, tudo é relativo. A verdade, os
sentimentos, a ética, a lei, tudo é relativo. Não existem mais princípios
estabelecidos sobre os quais basear o comportamento, a filosofia de vida e a
fé. E, infelizmente, esse problema atinge principalmente os jovens, pois já
nasceram em meio a essa cultura relativista.
Assim, nosso compromisso com a fé tornou-se
relativo. Podemos ser membros de uma igreja, mas isso não é prioritário para
nós, pois temos outros compromissos como trabalho, estudo, família, amigos,
namoro, etc. Se alguém da família ou algum dos amigos nos convida para uma
comemoração qualquer, a igreja fica em segundo plano, mesmo que lá tenhamos alguma
atividade importante a desempenhar naquele dia e hora.
Nosso compromisso com a comunhão e o serviço
também tornou-se relativo. Por exemplo, se algum irmão fica doente ou está
vivendo uma crise pessoal e precisa ser visitado, mas nós tínhamos planejado um
tempo de lazer, a visita vai ficar para outro dia, se for ainda possível.
Aliás, muitos pensam que visitar pessoas é algo relativo: é para quem gosta,
tem mais idade, ou tem mais tempo. Se for para ir a um hospital, então, fica
mais difícil, porque muitos nem gostam de hospital.
Nosso compromisso com o testemunho cristão
também tornou-se relativo. Se corremos o risco de perder alguma amizade ou
prestígio pessoal por expormos nossa fé, então nos calaremos quando deveríamos
falar de Cristo. Quando nossa santidade “exagerada” desagrada aos nossos amigos
ou aos colegas de trabalho e de escola, transigimos, deixamos a ética de lado.
Afinal, não precisamos ser sempre tão “certinhos” assim.
O relativismo em geral é uma doença moral e
filosófica. A continuar assim, chegará o tempo em que nada mais vai funcionar
na sociedade, porque os relativistas, apesar de prezarem muito seus direitos,
desconhecem seus deveres. Ninguém mais se sentirá obrigado a fazer nada, porque
tudo é relativo. O relativismo espiritual é uma doença da alma, que tem como
consequência o mundanismo, a transigência ética, minimização da fé, o abandono
da comunhão e dos compromissos eclesiásticos. A continuar assim as igrejas vão
desaparecer ou se transformar em centros de entretenimento.
Pr. Sylvio Macri
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