Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em
necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? (1 João 3.17)
Se estivermos dispostos a morrer por nossos companheiros
cristãos, não deveríamos estar mais dispostos a abrir mão das nossas
propriedades e bens? Se tivermos posses e não as compartilharmos, se não
oferecermos alimento, bebida, roupas e assim por diante – em outras palavras,
se formos gananciosos e mesquinhos –, então não somos cristãos.
Hoje as pessoas estão reclamando aos gritos que aqueles que
têm conhecido a Cristo são os que acumulam dinheiro. Isso está acontecendo a
tal ponto que eles temem que Deus possa extravasar a sua ira logo. É claro que
Deus é misericordioso, mas ele não é negligente. Ele não permite que os
pecadores fiquem sem punição. Ele é misericordioso para com o humilde que o
teme.
É tolo interpretar essa passagem como se ela estivesse
referindo-se somente às pessoas em necessidades extremas. Além do mais, existem
vários níveis de amor: nós não devemos ofender um inimigo; devemos ajudar um
companheiro cristão; e devemos dar suporte aos membros da nossa família. Nós
conhecemos o mandamento de Cristo sobre amar os nossos inimigos. Porém devemos
amar mais ainda um cristão que também nos ama. Devemos ajudar quem não tem o
suficiente para viver. Mas o que devemos fazer se aquela pessoa nos trair?
Devemos ajudá-la novamente. Contudo, devemos ajudar mais àqueles que são
relacionados a nós. “Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos
de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente” (1Tm 5.8). É
regra geral que, se uma pessoa que tem propriedade e bens não considera a
necessidade do próximo, então essa pessoa não tem amor.
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