Mateus
14.22-33
22 Logo
em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que
entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado, enquanto
ele despedia a multidão. 23 Tendo
despedido a multidão, subiu sozinho a um monte para orar. Ao
anoitecer, ele estava ali sozinho, 24 mas
o barco já estava a considerável
distância da terra, fustigado pelas ondas, porque o vento
soprava contra ele. 25 Alta
madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar. 26 Quando
o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram:
“É um fantasma!” E gritaram de medo. 27 Mas
Jesus imediatamente lhes disse: “Coragem! Sou eu.
Não tenham medo!” 28 “Senhor”,
disse Pedro, “se és tu, manda-me ir ao teu
encontro por sobre as águas”. 29 “Venha”,
respondeu ele. Então Pedro saiu do barco, andou sobre as
águas e foi na direção de Jesus. 30 Mas,
quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a
afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31 Imediatamente
Jesus estendeu a mão e o segurou. E disse: “Homem
de pequena fé, por que você duvidou?” 32 Quando
entraram no barco, o vento cessou. 33 Então
os que estavam no barco o adoraram, dizendo: “Verdadeiramente
tu és o Filho de Deus”.
Lealdades
concorrentes
Em
Leipzig, na Alemanha, há um monumento dedicado a Johann
Wolfgang von Goethe. Além de estadista alemão,
ele foi uma das figuras mais importantes da literatura
germânica e do Romantismo europeu.
“Fausto” é uma de suas obras
clássicas… Li sobre um traço curioso
na estátua erigida em sua homenagem: a cabeça de
Goethe está voltada na direção da
universidade, mas seus pés apontam para a cervejaria chamada
Auerbachs Keller. Que imagem contundente de lealdades concorrentes! A
cabeça quer uma coisa, mas o coração
está noutra. Isso é tempestuoso.
Cada
um de nós luta contra lealdades conflitantes: professamos
fé em Jesus, por exemplo, mas nos distraímos pela
atração da natureza pecaminosa do
coração e a pressão das
circunstâncias. Esses ventos contrários guerreiam
incessantemente pela nossa lealdade, levando-nos a exaustão.
São poucos os que ficam em pé.
Não
são raras as vezes em que nos sentimos impotentes; como se a
nossa fé em Deus simplesmente não fosse poderosa
o bastante para resistir às tempestades.
Certa
vez, tarde da noite, saindo de uma reunião de
liderança da igreja, o pastor cruzou a avenida e de dentro
do carro notou que o senhor na calçada à sua
esquerda era membro de sua igreja. O ancião estava com uma
prostituta no colo, quando o pastor parou o carro do lado dele e o
convidou a entrar. Pela voz, o pastor notou que o irmão
estava bastante embriagado. Após muita
insistência, finalmente ele entrou no carro. No caminho para
a casa do velho, o pastor foi conversando com o desgarrado.
Entristecido, o velho desabafou: “Sabe
de uma coisa, pastor, Deus me deu mais tentações
do que eu consigo suportar.”
Sem
querer justificar o pecado, pois não há como,
é assim que tantas vezes nós nos sentimos:
fracos, impotentes, desencorajados, vulneráveis. A
cabeça quer uma coisa, mas o coração
quer outra… Conflitos de lealdades podem nos tornar
miseráveis. Então, como responder com
fé quando as tempestades são fortes o bastante
para nos fazer naufragar?
Caráter
escultural
Pedro
está nas mãos de Deus. O Senhor está
esculpindo nele o caráter de Cristo. Como já
vimos, Simão era pedra bruta quando Jesus entrou no
coração dele, depois foi para a sua casa e
também o acompanhou num dia de trabalho. O objetivo
é tornar Simão em Pedro, pedra bruta em
caráter escultural. Isso envolve cada cantinho e cada
circunstância de nossa vida, inclusive as tempestades pelas
quais nós passamos.
Exercício
de fé
Na
escola do discipulado, o tema de hoje é
“exercício de fé”.
Como
nós podemos ser vitoriosos em nossa caminhada
cristã? Como nós podemos seguir a Cristo sem nos
distrairmos com o mundo, a carne e o diabo? Como ser
discípulo de Jesus com a cabeça e o
coração, sem sermos abatidos pelos vendavais?
Vendavais podem ser tentações ou
provações.
Nesse
momento da vida de Pedro Jesus o ensinará como enfrentar e
sobreviver a uma tempestade. Para ser um homem de caráter
escultural, Pedro precisará aprender o segredo para suportar
os ventos contrários. É um exercício
de fé.
O
caráter cristão é forjado pelos ventos
contrários da vida; a fé é
indispensável para suportá-los sem perder a
doçura, a esperança e o amor. Afinal, tempestades
tendem a nos tornar amargos, desiludidos e rancorosos. Poucas
são as pessoas que aprendem com as tempestades; que se
deixam transformar para melhor. Esses são os que exercitam a
fé na graça futura de Deus.
Observações
preliminares
Antes
de nos aprofundarmos no texto, permitam-me fazer algumas
observações preliminares sobre tempestades a
partir desse episódio – até porque foi
o próprio Jesus que fez dessa tempestade no Mar da
Galiléia um protótipo das tempestades da vida.
1.
Apesar dos discípulos não poderem ver Jesus
orando no monte, ele não os perdeu de vista.
Ele
podia vê-los. Ele sabia qual era a latitude e a longitude
exata do barco. O Senhor não perdera de vista as coordenadas
geográficas dos discípulos. O texto correlato de
Marcos nos deixa muito clara essa verdade.
Mc
6.47-48 | 47 Ao
anoitecer, o barco estava no meio do mar, e Jesus se achava sozinho em
terra. 48 Ele
viu os discípulos remando com dificuldade, porque o vento
soprava contra eles.
É
possível que você já tenha notado que
as tempestades da vida tendem a esconder de nós o rosto de
Deus; o Senhor, no entanto, jamais nos perde de vista. Ele fica nos
assistindo, monitorando todos os nossos movimentos.
Portanto,
descanse seguro de que é mais importante que Deus nos veja
do que nós o vejamos. Confie: ele sempre nos verá
remando com dificuldade, quando o vento contra nós soprar.
2.
Os discípulos estavam no meio da tempestade por terem
obedecido as instruções de Jesus.
Quando
atravessamos tempestades, geralmente somos tentados a pensar em duas
alternativas apenas: ou estamos em desobediência à
vontade de Deus (cf. Jonas) ou estamos sendo atacados pelo diabo (cf.
Jó). Esse episódio nos revela uma terceira via.
Os discípulos estavam no meio da tempestade por terem
obedecido as instruções de Jesus.
Mt
14.22-24 | 22 Logo
em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que
entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado, enquanto
ele despedia a multidão. 23 Tendo
despedido a multidão, subiu sozinho a um monte para orar. Ao
anoitecer, ele estava ali sozinho, 24 mas
o barco já estava a considerável
distância da terra, fustigado pelas ondas, porque o vento
soprava contra ele.
Tempestades
nem sempre revelam que estamos em rebelião contra Deus;
não significam, necessariamente, que Deus esteja pesando a
mão nos seus filhos. Também, tempestades nem
sempre são obra de satanás.
O
que esse episódio na vida de Pedro nos revela é
que muitas vezes as piores tempestades que enfrentamos são
decorrentes da obediência à vontade de Deus. Paulo
sabia muito bem disso:
At
20.22-24 | 22 “Agora,
compelido pelo Espírito, estou indo para
Jerusalém, sem saber o que me acontecerá ali. 23 Só
sei que, em todas as cidades, o Espírito Santo me avisa que
prisões e sofrimentos me esperam. 24Todavia,
não me importo, nem considero a minha vida de valor algum
para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e
completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de
testemunhar do evangelho da graça de Deus.
Mesmo
que o diabo despeje sobre nós as piores tempestades, ele
jamais fará coisa alguma à parte do soberano
desejo e controle de Deus (Jó 1 e 2).
É
verdade que quem semeia vento colhe tempestade. Igualmente verdadeiro,
porém, é que algumas das piores tempestades que
enfrentamos são decorrentes da obediência
à vontade de Deus.
3.
A causa do medo eventualmente se torna em fonte de conforto e de
alegria.
Eles
não reconheceram Jesus, mas ele estava a caminho para
ajudá-los.
Mt
14.25-27 | 25 Alta
madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar. 26 Quando
o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram:
“É um fantasma!” E gritaram de medo. 27 Mas
Jesus imediatamente lhes disse: “Coragem! Sou eu.
Não tenham medo!”
Esse
“fantasma” era, na verdade, uma
bênção escondida de Deus.
Más
notícias que recebemos, situações
assustadoras que enfrentamos, enfim, circunstâncias que,
tantas vezes, nos fazem, a princípio, temer podem muito bem
ser Cristo simplesmente colocando seus braços sobre
nós. A causa do medo eventualmente se torna em fonte de
conforto e de alegria. Cristo se move de formas misteriosas.
4.
Cristo chegou na hora certa.
Alguma
vez você já teve a impressão de Deus
estar atrasado para agir em seu favor? Pedro também
experimentou o sabor amargo desse sentimento.
Mt
14.24-25 | 24 mas
o barco já estava a considerável
distância da terra, fustigado pelas ondas, porque o vento
soprava contra ele. 25 Alta
madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar.
Fustigado
pelas ondas, a considerável distância da terra e
nada de Jesus aparecer! Aliás, ele só foi
aparecer na “alta madrugada” – na quarta
vigília da noite, entre 3 e 6 horas da madrugada.
Se
levarmos em conta que eles embarcaram por volta das 18h, é
provável que eles já estivessem há, no
mínimo, 8 horas no mar. A tempestade os impedia de fazer
qualquer progresso. Eles já estavam desesperados. Sentiam-se
como se tivessem recebido de Jesus um mandamento que eles
não conseguiriam cumprir – “vá
para o outro lado, enquanto me despeço da
multidão” (Mt
14.22).
Porém,
foi na hora de maior desespero que o Senhor Jesus chegou, pois sabia
que eles não suportariam mais do que aquilo. Ele sempre
chega na hora certa.
Exercício
de fé
Cristo
pode sim acalmar tempestades, mas ele também pode guiar o
seu povo através delas. Como tantas vezes era o caso, ele
estava ensinando a Pedro uma lição que
beneficiaria o restante do grupo. Veja comigo três flashes de
Pedro que nos revelam a sequência de seu exercício
de fé. Ele estava, passo a passo, sendo moldado pelo Divino
Escultor.
1.
Pedro viu o Cristo
Na
tempestade é importante que vejamos o Cristo. Pedro viu o
Cristo.
Mt
14.26-28 | 26 Quando
o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram:
“É um fantasma!” E gritaram de medo. 27 Mas
Jesus imediatamente lhes disse: “Coragem! Sou eu.
Não tenham medo!” 28 “Senhor”,
disse Pedro, […]
Todos
o viram, mas Pedro o viu melhor, pois ele, antes de todos,
instantaneamente reconheceu a voz do Mestre. Não se tratava
de um fantasma, mas de seu Senhor, o soberano e onipotente Deus.
De
que forma Pedro viu o Cristo? Pedro viu o Cristo andando já
a longa distância sobre as águas revoltas.
Jo
6.19 | Depois
de terem remado cerca de cinco ou seis quilômetros, viram
Jesus aproximando-se do barco, andando sobre o mar, e ficaram
aterrorizados.
Por
que Cristo veio a eles andando sobre as águas? Para
mostrar que ele tem todas as tempestades sob seus pés, tudo
sob o seu controle. Pedro viu o Cristo onipotente e soberano.
A
lição é clara: sempre que nos virmos
no meio de uma tempestade, sob forte pressão,
provação ou tentação, a
ponto de sermos aniquilados pelo sofrimento, nossa primeira e principal
necessidade é ter uma visão do Cristo onipotente
e soberano, acima de todos os problemas, conforme
revelação das Escrituras.
Pedro
viu o Cristo.
2.
Pedro viu uma oportunidade
Se
estivéssemos no barco, certamente que ficaríamos
com a maioria, isto é: contentes com a chegada de Jesus para
nos socorrer. Pedro, porém, viu além. Ele viu uma
maravilhosa oportunidade.
Mt
14.26-29 | 26 Quando
o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram:
“É um fantasma!” E gritaram de medo. 27 Mas
Jesus imediatamente lhes disse: “Coragem! Sou eu.
Não tenham medo!” 28 “Senhor”,
disse Pedro, “se és tu, manda-me ir ao teu
encontro por sobre as águas”. 29 “Venha”,
respondeu ele. Então Pedro saiu do barco, andou sobre as
águas e foi na direção de Jesus.
Apesar
de Pedro ser impetuoso, sempre respondendo aos estímulos da
vida pelo impulso e não pela reflexão,
nós precisamos elogiá-lo por essa atitude.
Primeiro
que ele não pula na água, gritando:
“Senhor, aqui estou eu, por favor me socorra!”.
Nada disso! Ele pede para Cristo chamá-lo ao seu
“encontro por sobre as águas” (v. 28).
Cristo, claramente, agradou-se do pedido, pois disse:
“Venha” (v. 29). Cristo, que lê os
corações, viu no pedido de Pedro uma nobre
motivação; pois, de outra forma, o Senhor o teria
repreendido.
Por
que Pedro queria ir ao encontro de Jesus por sobre as águas? Ele
sabia que o lugar mais seguro para se estar é na companhia
de Jesus Cristo. Pedro queria estar nos braços de Cristo.
Não havia outro motivo, senão o desejo de
desfrutar do colo de seu Senhor. Pedro queria intimidade na hora da
provação.
De
novo, a lição é clara: tempestades nos
dão oportunidades singulares de desfrutarmos de
comunhão com o Senhor. Nas horas mais sombrias, nos momentos
mais difíceis, sempre teremos as melhores oportunidades de
desfrutarmos dos braços do Senhor.
Pedro
viu uma oportunidade.
3.
Pedro viu o vento
Assim
como nós somos, Pedro é de barro. Sua
fé não resistiu a uma rajada constante de vento.
Tirando os olhos de Jesus para colocá-los no vento, Pedro
começou a afundar. Veja de novo.
Mt
14.28-31 | 28 “Senhor”,
disse Pedro, “se és tu, manda-me ir ao teu
encontro por sobre as águas”. 29 “Venha”,
respondeu ele. Então Pedro saiu do barco, andou sobre as
águas e foi na direção de Jesus. 30 Mas,
quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a
afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31 Imediatamente
Jesus estendeu a mão e o segurou. E disse: “Homem
de pequena fé, por que você duvidou?”
Foi
só ele “reparar no vento” que todas as
suas vitórias até aquele momento
começaram a se afundar nas águas agitadas do Mar
da Galiléia.
A
fé que fez Pedro querer ir até Jesus, a
fé que colocou Pedro sobre as águas desapareceu
no momento em que ele está caminhando na
direção do Senhor. Por quê? O que
aconteceu? Pedro tirou os olhos de Jesus e os colocou no vento. O
resultado foi que ele ficou com medo e, duvidando, começou a
afundar.
O
medo e a dúvida são frutos da falta de
fé. A fé nasce e se nutre de olhos fixos em
Jesus. Quem vê o vento se afunda, mas aqueles que
não tiram os olhos de Jesus perseveram para a vida eterna.
Agora,
mesmo quando vacilamos; mesmo quando tiramos os olhos de Jesus e os
colocamos no vento; mesmo quando tememos, duvidamos e afundamos; mesmo
quando temos pouca fé; se gritarmos pedindo socorro o Senhor
sempre nos socorrerá.
Não
fixe seus olhos no vento. Olhe para Jesus.
Não
fixe seus olhos nas circunstâncias, nas coisas nem no seu
coração, pois você afundará.
Olhe para Jesus.
Pedro
viu o vento. Ele aprendeu que seus olhos devem ficar fixos em Jesus.
Exercício
de fé
Nesse
exercício de fé, quais são as
aplicações que Pedro nos permite fazer para as
nossas vidas?
1.
Viva das promessas da Palavra de Deus
Se
os discípulos tivessem se agarrado às palavras de
Jesus, eles poderiam ter desfrutado daquela tempestade, absolutamente
certos de que nada de mal lhe aconteceria. Por quê? O
próprio Jesus, ao despedir-se deles, afirmou expressamente “que
entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado, enquanto
ele despedia a multidão” (Mt
14.22).
A
mesma coisa com relação a Pedro. Ao pedir que o
Senhor o chamasse até a presença dele, Pedro
ouviu Jesus lhe dizer: “Venha” (Mt
14.29). Jesus não disse: “Venha se você
conseguir; venha se o vento deixar; venha se as ondas se
acalmarem…” Nada disso. O Senhor simplesmente
disse: “Venha”.
Quando
nos agarramos às promessas da Palavra de Deus e enfrentamos
a tempestade nós conseguimos atravessar os mares revoltos da
vida.
2.
Confie na soberania de Deus
Ao
andar sobre as águas na direção dos
discípulos, o Senhor estava dizendo que as águas
que ameaçam cobrir as nossas cabeças
estão sob os pés de Jesus. Ele é
soberano sobre o vento, sobre o mar e sobre o tempo.
Deus
é soberano sobre os bons e os maus momentos. Quem deixa de
confiar e para de desfrutar da soberania de Deus se afunda nos mares
revoltos da vida.
3.
Fixe os olhos no Filho de Deus
A
força dos nossos pés depende do foco dos nossos
olhos.
Goethe,
de quem falamos no início, olhava para a universidade, mas
caminhava para a cervejaria, provando que a sua
educação acadêmica não lhe
conferia força o bastante para transformá-lo.
Conhecimento, a parte da graça de Jesus, não
é capaz de quebrar hábitos destrutivos em nossas
vidas. Precisamos de um milagre no coração.
Quando
fixamos os olhos em Jesus, nós recebemos poder para fazer o
que é sobrenatural; isto é: dominar a
situação e sobreviver à tempestade.
Paulo disse assim:
2Co
3.18 | E
todos nós, que com a face descoberta contemplamos a
glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo
transformados com glória cada vez maior, a qual vem do
Senhor, que é o Espírito.
Assim
como no caso de Pedro, o nosso maior inimigo não
é o vento ou a tempestade, mas a incredulidade, a
dúvida. Num lapso de segundo, no momento em que ele tirou os
olhos de Jesus e os fixou no vento, ele começou a afundar.
Tire
seus olhos dos seus desejos, do seu futuro, das suas
circunstâncias, das coisas que você
cobiça e também do seu
coração inconstante; coloque-os em Jesus Cristo e
você conseguirá atravessar os mares revoltos da
vida.
Exercício
de fé
Conversando
com um piloto de avião, fui corrigido acerca de um mito que
há na cabeça das pessoas: a
noção de que os aviões comerciais,
aqueles maiores e mais pesados, são mais seguros do que os
aviões menores e mais leves (jatinhos). Para provar esse
engano, cita-se as estatísticas que revelam que os
aviões menores caem mais frequentemente do que os
aviões maiores.
Por
que isso acontece, já que tanto um como o outro
são construídos com o mesmo padrão de
segurança? O problema é que mais pilotos
inexperientes pilotam aviões menores, enquanto os
aviões maiores são pilotados apenas por pilotos
com vasta experiência de voo.
Qual
é o problema com os pilotos inexperientes? O piloto com quem
eu conversava me informou que a tendência deles é
não confiar nos instrumentos do avião, duvidar do
painel de controle da aeronave, dando mais ouvido aos seus sentidos do
que aos comandos da aeronave. Isso é fatal.
Exercício
de fé não consiste em seguir nossos sentidos, mas
em viver e agir com os olhos fixos em Jesus – isto
é: agarrados às suas promessas e seguros de sua
soberania. Exercite sua fé para a
salvação e para a
santificação.
Fixe
os olhos em Jesus e seja salvo.
Fixe
os olhos em Jesus e atravesse a tormenta.
Fixe
os olhos em Jesus e seja transformado… Exercite sua
fé.
Pr. Leandro Peixoto
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