O Brasil é um país com uma enorme diversidade religiosa onde
a cada dia nascem centenas de igrejas com uma infinidade de doutrinas e credos.
Esta realidade para alguns é vista como algo positivo, para tanto, argumentam
que a fé ajuda o homem a lidar melhor com as adversidades da vida, entretanto,
com tamanhas contradições de ensinos, isto pode gerar confusão, incredulidade e
banalização das realidades espirituais.
O objetivo deste texto não é fazer com que as pessoas mudem
de religião, mas, trazer a luz da Bíblia, alguns princípios fundamentais para a
saúde espiritual daqueles que querem compreender quais os propósitos de Deus
para a sua vida, independente de qualquer rótulo religioso.
Primeiro, a vida não se resume apenas no período
compreendido entre o nascimento e a morte de alguém. Precisamos acreditar que
não somos apenas um corpo, mas, possuímos um espírito que, após a morte seguirá
um destino. A este espírito a Bíblia chama de fôlego de vida (Gn. 2.7; Sl.
146.4; 1Co. 15.44).
Segundo, para onde iremos após a morte? A Bíblia fala o
tempo todo em apenas dois lugares onde iremos passar toda a eternidade, céu ou
inferno (Mt. 25.34,41; Lc. 12.5, 16. 19-31; 2Pe. 3.13; 2Co 5.1). Dois lugares
totalmente antagônicos; O primeiro, caracterizado pela presença constante do
Criador, cheio de alegria, gozo, paz, beleza, ausência de enfermidades e muitas
outras coisas boas que nunca foi experimentado pelo homem nesta vida (1Co. 2.9;
Ap. 21.4); O segundo, marcante pela presença daquele que gerou todo o caos no
planeta, chamado Satanás; Lugar de dor, pranto, sofrimento eterno (Mt. 25.41;
Ap. 21.8). Não há como fugir desta realidade, quando morrermos o nosso corpo
voltará ao pó, mas o nosso espírito seguirá rumo a um destes lugares (Jó 10.9;
Ec. 12.7). Torna-se indispensável massificar que estes lugares são eternos e
não há possibilidade alguma de migrarmos de um para o outro após a morte (Lc.
16. 19-31). Por isso é tão importante que saibamos como fazer para escaparmos
da ira vindoura enquanto há tempo.
Terceiro, o plano original de Deus era que o homem vivesse
eternamente, no entanto, ele preferiu escolher outro caminho que o tirou do
centro da sua vontade (Gn. 2.15-17). O primeiro casal abriu o portal para a
morte, para a separação, obrigando o Senhor do universo a criar um plano
alternativo (Gn. 3.15). Muitos questionam o porquê Deus ter permitido isto acontecer
já que é onisciente. A resposta é simples, Ele não havia criado um robô. Criou
o homem e lhe deu liberdade de escolhas (Dt. 11.26-28). Através da escolha
errada de Adão e Eva toda a humanidade foi sentenciada a morte (Rm. 5.17-21).
Todos já nascem com este selo da desobediência, do pecado (Sl. 51.5). Todos,
sem exceção, precisam ser reconciliados novamente a Deus para terem direito a
vida eterna ( Rm 3. 23).
Quarto, a aliança
que Deus tinha com o homem antes dele ser induzido ao pecado por Satanás fora
quebrada e agora só existe uma maneira deste pacto, desta aliança ser refeita.
Nenhuma religião detém este poder. Não há nada que o homem possa fazer para se
tornar digno de ser reconciliado com Deus (Ef. 2.8-9). Não existe esta coisa de
ser bonzinho, de fazer caridade, de não ter cometido erros considerados graves
como homicídio, roubo, adultério, etc. Só existe uma maneira do homem ser
absolvido, reconciliado com Deus; Só existe uma maneira dele reconquistar a
vida eterna que perdera no Éden (Jo. 14.6; At 4.12; 1Tm. 2.5). A única maneira
dele se redimir é se arrepender de todos os seus pecados e reconhecer a Cristo
como seu senhor e salvador (At 3.19; Rm 10.9); Jesus é a nova e eterna aliança
a fim de nos resgatar da condenação eterna (Mt. 26. 28; Hb. 9.5, 12.24). A
Bíblia não oferece margem alguma para defender a tese da reencarnação (Hb.
9.27). Só possuímos uma vida e é nela que temos que decidir entre Jesus Cristo
e o céu ou negá-lo e recebermos como consequência desta livre escolha o inferno
(Jo. 3.16-18).
Quinto, as evidências de alguém que se arrependeu de seus
pecados e que agora tem a Cristo como Senhor de sua vida é viver não mais para
si (Gl 2.20). As características de um homem resgatado e que fora transportado
das trevas para a luz do evangelho, tendo o seu nome escrito no livro da vida é
uma vida não perfeita, imune ao pecado, mas, uma vida santa, no sentido de ser
totalmente separada para Deus, submissa a Ele e que esteja disposto a
frutificar (Jo. 15.16). Este frutificar significa influenciar positivamente a
fim de que outras pessoas encontrem também o Caminho e venham a ser salvas por
Cristo, ou seja, fazer novos discípulos (At 1.8); Não necessariamente pregando,
mas, vivendo de acordo com os ensinamentos do Mestre.
Concluo reafirmando que tudo o que foi exposto acima tem
embasamento bíblico e quem estabeleceu estas regras foi simplesmente o mentor
de todo o universo que jamais poderá ser questionado (Rm 9.20). Uma coisa é
certa, Deus nos ama incondicionalmente e não faz acepção de pessoas (At 10.34;
Rm 2.11). Ele quer que todos venham a morar no céu e para isto tão somente cabe
a cada um obedecer as suas instruções (1Tm. 2.4; 2Tm 3.16). É importante
salientar que Ele jamais violará as suas regras, por isto, se encarregou de
montar esta pequena biblioteca composta por dezenas de livros, escritas ao
longo de mais de 1.600 anos, por mais de quarenta autores diferentes vivendo em
épocas, lugares e culturas diferentes, mas, com um norte, apenas uma direção a
fim de ensinar ao homem o caminho para os céus. O que temos a perder
acreditando na Bíblia e seguindo as suas orientações? Nada, todavia, se a
ignorarmos sendo ela a verdade, como acreditamos ser, então, o nosso fim será
desastroso.
Juvenal Mariano de Oliveira Netto
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