Mateus
19.25-27
25 Ao
ouvirem isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram:
“Neste caso, quem pode ser salvo?” 26Jesus
olhou para eles e respondeu: “Para o homem é
impossível, mas para Deus todas as coisas são
possíveis”. 27 Então
Pedro lhe respondeu: “Nós deixamos tudo para
seguir-te! Que será de nós?”
Rouba,
mas faz!
Parece
que uma das “tradições” da
política brasileira é a do “rouba, mas
faz”; ou seja: o governante enfrenta sérias
denúncias de corrupção, mas
é querido pelo povo por causa das obras que realiza.
É impressionante, pois enquanto a imagem de
“político que faz” é
consolidada, a de “político que rouba”
logo começa a despontar. Rouba, mas faz!
Grandes
obras
Olhando
para a realidade, fica-nos a impressão de que a
política sempre esteve interessada, fundamentalmente, nas
grandes obras. Especialmente aquelas que aparecem: praças
floridas e arborizadas, pontes e estradas bem pavimentadas, casas
populares, hospitais, escolas e creches de grande porte, bolsas de
auxílio aos menos favorecidos, etc. Sim, realmente essas
obras são indispensáveis. Não estamos
criticando, apenas apontando. Aliás, todas as que foram
citadas, salvo engano, são de direito constitucionalmente
garantidas dos cidadãos.
Por
outro lado, quem de vocês conhece político que foi
eleito e reeleito por se preocupar ou por realizar obras que
não aparecem, mas que são essências
para a população? Falo, por exemplo, de
saneamento básico.
“Saneamento
básico é a atividade relacionada ao abastecimento
de água potável, o manejo de água
pluvial, a coleta e tratamento de esgoto, a limpeza urbana, o manejo de
resíduos sólidos e o controle de pragas e
qualquer tipo de agente patogênico, visando à
saúde das comunidades.” *
Fonte: Wikipédia.
Gente,
entre as 100 maiores cidades do Brasil, 34 não têm
plano de saneamento básico. Por quê? Obras
estruturais, especialmente as de grande porte, aparecem e produzem
popularidade. Obras de infraestrutura, por serem basilares,
subterrâneas, imperceptíveis aos olhos,
geralmente, não se destacam.
A
obra da salvação
O
que todos costumam esquecer ou não valorizam é
que a estrutura só se sustenta com a infraestrutura. Essa
é uma verdade para todas as áreas da vida.
Cidades agradáveis precisam de água tratada,
encanada e esgoto. Praças floridas e arborizadas precisam de
sistema de irrigação. Prédios
imponentes precisam de fundações. Corpos bonitos
precisam de saúde. Profissionais de sucesso precisam de
alfabetização. Crentes de caráter
escultural precisam de salvação.
A
obra da salvação não costuma aparecer.
Eu diria até que ela não é muito
popular em nossos dias. Experimente, por exemplo, falar de
salvação ao amigo de faculdade ou de trabalho!
Ela é impopular até mesmo na igreja. Pastores que
falam muito dela não costumam ser bem quistos. As pessoas
querem as grandes obras: felicidade, sucesso, saúde e
prosperidade.
Todo
mundo, no entanto, depende da obra de salvação.
Só com ela é possível a
alguém a vida eterna com Deus e dela é que aflora
o caráter escultural que todos admiram. Aliás,
é da salvação que se colhe uma vida
verdadeiramente ética, moralmente louvável,
próspera, saudável, feliz e bem-sucedida.
Sobre
a obra de salvação é que Pedro hoje
irá nos ensinar. Releiamos o texto.
Mt
19.25-27 | 25 Ao
ouvirem isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram:
“Neste caso, quem pode ser salvo?” 26 Jesus
olhou para eles e respondeu: “Para o homem é
impossível, mas para Deus todas as coisas são
possíveis”. 27 Então
Pedro lhe respondeu: “Nós deixamos tudo para
seguir-te! Que será de nós?”
Estes
versículos conectam duas narrativas muito conhecidas nos
evangelhos: 1 a
história do jovem rico (Mt 19.16-26) e 2 a
parábola dos trabalhadores na vinha (Mt 20.1-16). O tema
é um só: a obra de salvação.
Há
neste trecho bíblico três realidades sobra a obra
da salvação que desejamos destacar. A
obra da salvação…
- é possível apenas para Deus;
- é um processo contínuo da graça de Deus;
- é que produz pessoas que amam a Deus e o próximo.
1.
A obra da salvação é
possível apenas para Deus
Todos
parecem pensar que a salvação é obra
humana, algo que as pessoas, quando lhes dá na
cabeça, simplesmente escolhem fazer. Muitos até
definem o momento da vida em que tomarão a
decisão pela salvação. Sempre dizem
que será mais tarde, será amanhã,
será depois. Infelizmente, não sabem que a obra
da salvação não depende, inicialmente,
do homem, só é possível para Deus,
pois pertence exclusivamente ao Senhor (Jonas 2.9).
A
história do jovem rico revela porque a obra da
salvação é possível apenas
para Deus. Antes, porém, observe que a decisão em
si, não garante salvação.
Mt
19.16 | Eis
que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou:
“Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?”
Note
que Jesus não se comoveu com a decisão desse “alguém” que
se aproximou para perguntar sobre a vida eterna. Interessante que tanto
Mateus (19.16) como Marcos (10.17), inicialmente, não nos
dizem que ele era rico ou importante. Só Lucas o descreve
como “certo
homem importante” (18.18).
Escrevendo
a Teófilo (homem de elevado nível social), Lucas
assim o fez porque tinha como propósito relatar que o
evangelho de Jesus Cristo atingia também as camadas mais
altas da sociedade. Mateus e Marcos, porém, querem destacar
o orgulho do coração desse religioso que era rico
e importante.
O
fato de alguém simplesmente ir a Jesus, ir a igreja ou tomar
uma decisão não garante em si que tenha ocorrido
salvação. Pelo contrário, pode muito
bem ser fruto de um coração orgulhoso. Afinal, o
orgulho se manifesta tanto na ostentação como na
piedade, tanto ao dizer: “Olhe o quanto eu tenho!”
como ao querer demonstrar: “Veja como eu sou!”.
O
jovem rico se aproximou de Jesus porque desejava ser reconhecido,
elogiado ou agraciado com palavras de um Mestre em ascensão,
reconhecido entre multidões. Observamos isso no teor das
duas perguntas que ele faz ao Senhor.
Mt
19.16 | […]
“Mestre, que
farei de
bom para ter a vida eterna?”
Mt
19.20 | […]
“O que me
falta ainda?”
A
obra da salvação é possível
apenas a Deus porque, acima de tudo, o homem é escravo da
lealdade que ele tem consigo mesmo; seu coração
se ostenta; só quer ter, só quer receber,
só quer garantir, só quer se beneficiar,
só quer resolver a vida aqui e agora (e que Deus nos
ajude!); ele é só eu, eu e eu. Por isso que uma
simples decisão de ir a igreja, de ser crente ou de querer
mudar não garantem em si salvação. Por
isso que nossas igrejas estão cheias de gente que amam
elogios e reconhecimentos, e se entristecem quando não os
têm. O ego que as levou a Jesus continua faminto e latente
dentro do coração.
A
salvação é possível apenas
para Deus porque, a fim de nos salvar, Deus precisa, primeiro, nos
libertar de nós mesmo, precisa nos fazer sentir o que temos
que sentir (a profundidade do nosso pecado) e querer o que mais
precisamos receber (salvação pela
graça, por meio da fé). Agora…
Observe
como é impossível apenas para o homem a
salvação. Veja como nós, erroneamente,
pensamos ou entendemos a salvação.
A
salvação é algo que se faz e se
garante, não o que Cristo fez e garantiu.
Mt
19.16 | […]
“Mestre, que
farei de
bom para ter a vida eterna?”
Mt
19.20 | […]
“A tudo isso tenho obedecido.
O que me
falta ainda?”
Não
se faz para receber nem se esforça para garantir. Cristo
já fez e já garantiu.
A
salvação são
realizações, não um relacionamento.
Mt
19.16-17 | 16 Eis
que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou:
“Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?” 17 Respondeu-lhe
Jesus: “Por que você me pergunta sobre o que
é bom? Há somente um que é
bom.” […]
O
jovem pergunta uma coisa (sobre fazer algo de bom) e Jesus responde
outra (só Deus é bom). Ou seja: bom
não é o que fazemos para recebermos em troca as
bênçãos de Deus; bom é Deus
com quem devemos nos relacionar com amor e fidelidade, sem querermos
dele receber para podermos gastar com outros prazeres (Tg 4.3-4). A
pessoa que procurou Jesus tinha tudo o que o mundo não quer
perder: juventude, importância e riquezas. Ela estava
disposta a realizar o
que fosse preciso para garantir tudo
aquilo que ela temia perder.
O
jovem rico não queria se relacionar com Deus; ele
só queria realizar algumas
coisas para Deus a fim de garantir os
seus prazeres.
Mt
19.20-22 | 20 Disse-lhe
o jovem: “A tudo isso tenho obedecido. O que me falta
ainda?” 21 Jesus
respondeu: “Se você quer ser perfeito,
vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres,
e você terá um tesouro nos céus.
Depois, venha e siga-me”. 22 Ouvindo
isso, o jovem afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas
A
obra da salvação é possível
apenas a Deus porque o homem entende a salvação
como algo que se faz e se garante; algo que se realiza para se ter e se
manter os prazeres separados de Deus, e não como algo que
Cristo já fez e já garantiu para podermos
desfrutar do prazer eterno, do tesouro nos céus, isto
é: Deus. Veja como Pedro aprendeu a
lição e lá na frente colocou:
1Pe
3.18 | Pois
também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o
justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. […]
O
evangelho (a obra de Cristo) não existe para nos trazer
prazeres ou para resolver nossos problemas terrenos, mas para nos levar
ao maior dos prazeres (Deus) e resolver o nosso principal problema (a
ira de Deus no inferno). Infelizmente, a maioria não
entendeu ainda e, portanto, não está salva.
O
jovem rico e importante não queria Deus, mas apenas garantir
com Deus tudo o que ele julgava ser riqueza, importância e
prazer. O testemunho dele provou que a obra da
salvação é possível apenas
a Deus.
Cristo,
porém, rico em graça e misericórdia
que é, neste encontro revelou ao jovem rico o estado
deplorável no qual ele se encontrava. Caso reconhecesse,
arrependesse e atendesse, ele teria recebido a
salvação. Mas, ele não quis.
Observe
o uso que Jesus fez la lei para revelar o coração
pecaminoso do jovem. O Senhor sabia que ele não guardava a
lei, mas ele se achava perfeito.
Mt
19.16-17 | 16 Eis
que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou:
“Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?” 17 Respondeu-lhe
Jesus: “Por que você me pergunta sobre o que
é bom? Há somente um que é bom. Se
você quer entrar na vida, obedeça aos
mandamentos”. 18 “Quais?”,
perguntou ele. Jesus respondeu: “‘Não
matarás, não adulterarás,
não furtarás, não darás
falso testemunho, 19 honra
teu pai e tua mãe’ e ‘Amarás
o teu próximo como a ti mesmo’”. 20 Disse-lhe
o jovem: “A tudo isso tenho obedecido [a
lei toda!].
O que me falta ainda?” [Meu
Deus! O que o jovem queria? Apenas um elogio ou um endosso!] 21 Jesus
respondeu: “Se você quer ser perfeito [como
ele achava que era!],
vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres,
e você terá um tesouro nos céus.
Depois, venha e siga-me”. 22 Ouvindo
isso, o jovem afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas. 23 Então
Jesus disse aos discípulos: “Digo-lhes a verdade:
Dificilmente um rico entrará no Reino dos céus. 24 E
lhes digo ainda: É mais fácil passar um camelo
pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de
Deus”. 25 Ao
ouvirem isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram:
“Neste caso, quem pode ser salvo?” 26 Jesus
olhou para eles e respondeu: “Para o homem é
impossível, mas para Deus todas as coisas são
possíveis”.
É
impossível para o homem ser salvo enquanto ele continuar
amando os seus prazeres. Só Deus pode salvar um pecador,
transformando o seu coração.
Aplicação:
- Ore mais por aqueles que você deseja ver salvos. É impossível para eles a salvação. É impossível para eles mudar o coração. Só Deus poderá fazê-lo. Por exemplo: nós conseguimos fazer coisas das quais nós não gostamos, mas não conseguimos gostar daquilo de que não gostamos. Ser religioso, qualquer um consegue ser, mas só Deus pode nos fazer gostar de Deus (transformando o nosso coração). Ore mais por aqueles que você deseja ver salvos. Peça a Deus um novo coração para eles. Um coração sem ídolos.
2.
A obra da salvação é um processo
contínuo da graça de Deus
Pedro,
após ouvir o Senhor falar, pensa em tudo o que eles deixaram
para trás (contrário do Jovem rico!) e,
então fala; fala revelando seu coração
transformado, mas que ainda contém resquícios do
pecado; fala revelando que a obra da salvação
é um processo contínuo da graça de
Deus no coração dos que foram salvos e
estão sendo santificados.
Mt
19.27-30 | 27 Então
Pedro lhe respondeu: “Nós deixamos tudo para
seguir-te! Que será de nós?” 28 Jesus
lhes disse: “Digo-lhes a verdade: Por ocasião da
regeneração de todas as coisas, quando o Filho do
homem se assentar em seu trono glorioso, vocês que me
seguiram também se assentarão em doze tronos,
para julgar as doze tribos de Israel. 29 E
todos os que tiverem deixado casas, irmãos,
irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha
causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida
eterna. 30 Contudo,
muitos primeiros serão últimos, e muitos
últimos serão primeiros.
Você
notou o verso 30? Veja o verso 30 à luz da pergunta de Pedro
no verso 27. O que isso revela? Revela que Pedro ainda pensava em
termos de recompensas terrenas, de privilégios pessoais e de
aprovação humana. Tanto é verdade que
Jesus conta a parábola dos trabalhadores na vinha (Mt
20.1-16) para dar uma lição a Pedro e aos demais
apóstolos que como ele pensavam.
Note
como Jesus começa a parábola. Veja como ela
está diretamente relacionada ao que Jesus disse no verso 30
de Mateus 19.
Mt
19.30-20.1 | 30 Contudo,
muitos primeiros serão últimos, e muitos
últimos serão primeiros. 1 “Pois o
Reino dos céus é como um proprietário
que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para a
sua vinha.
Agora
note como Jesus concluiu a parábola. Veja como a
parábola é o conteúdo do
parêntese aberto em Mateus 19.30 e fechado em Mateus 20.16.
Mt
19.30 e 20.16 | 19.30 Contudo,
muitos primeiros serão últimos, e muitos
últimos serão primeiros. 20.16“Assim,
os últimos serão primeiros, e os primeiros
serão últimos”.
Jesus
contou a parábola para exortar Pedro. O Senhor estava
ensinando que a obra de Deus é um processo
contínuo da graça de Deus no
coração do pecador que foi salvo e
está em processo de santificação. Mas,
o que Pedro aprendeu sobre isso e que serve para nós? Leia
a parábola…
Mt
20.1-15 | 1 “Pois
o Reino dos céus é como um
proprietário que saiu de manhã cedo para
contratar trabalhadores para a sua vinha. 2 Ele
combinou pagar-lhes um denário pelo dia e mandou-os para a
sua vinha. 3“Por
volta das noves hora da manhã, ele saiu e viu outros que
estavam desocupados na praça, 4 e
lhes disse: ‘Vão também trabalhar na
vinha, e eu lhes pagarei o que for justo’. 5 E
eles foram. “Saindo outra vez, por volta do meio-dia e das
três horas da tarde, fez a mesma coisa. 6 Saindo
por volta das cinco horas da tarde, encontrou ainda outros que estavam
desocupados e lhes perguntou: ‘Por que vocês
estiveram aqui desocupados o dia todo?’ 7 ‘Porque
ninguém nos contratou’, responderam eles.
“Ele lhes disse: ‘Vão vocês
também trabalhar na vinha’. 8 “Ao
cair da tarde, o dono da vinha disse a seu administrador:
‘Chame os trabalhadores e pague-lhes o salário,
começando com os últimos contratados e terminando
nos primeiros’. 9 “Vieram
os trabalhadores contratados por volta das cinco horas da tarde, e cada
um recebeu um denário. 10 Quando
vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais.
Mas cada um deles também recebeu um denário. 11 Quando
o receberam, começaram a se queixar do
proprietário da vinha, 12 dizendo-lhe:
‘Estes homens contratados por último trabalharam
apenas uma hora, e o senhor os igualou a nós, que suportamos
o peso do trabalho e o calor do dia’. 13 “Mas
ele respondeu a um deles: ‘Amigo, não estou sendo
injusto com você. Você não concordou em
trabalhar por um denário? 14 Receba
o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi
contratado por último o mesmo que lhe dei. 15 Não
tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou
você está com inveja porque sou generoso?
A
salvação é um processo
contínuo da graça de Deus porque precisamos
aprender a desfrutar de pelo menso três coisas essenciais.
- A graça de simplesmente ser chamado para trabalhar na vinha (Mt 20.1). Quem não está na vinha – esteja fazendo o que for -, para Deus é um “desocupado na praça” (Mt 20.4). Está perdido e perdendo tempo.
- A graça de desfrutar da amizade do dono na vinha (Mt 20.13). Quanto mais cedo se é chamado, mais tempo se desfruta da amizade com Deus. Pedro ainda não tinha percebido isso!
- A graça de receber com justiça o denário (Mt 20.13-14). O denário é a salvação. É Cristo. O que ele nos prometeu ele nos dá: bênçãos nas regiões celestiais (Ef 1). Essa graça, o Senhor reparte a quem ele quer e quando ele desejar.
A
salvação é um processo
contínuo da graça de Deus porque precisamos
aprender a desfrutar da graça de 1 ser
eleito por Deus e chamado pelo Espírito Santo, 2 ser
amigo de Deus em Cristo Jesus e 3 ficar
satisfeito com tudo o que Deus promete para nós em Jesus
Cristo.
3.
A obra da salvação produz pessoas que amam a Deus
e o próximo
A
obra de salvação é uma obra de
infraestrutura. Ela é interna. Acontece no
coração e na alma da gente. No entanto,
é inevitável que a obra de
salvação apareça na forma de obras
estruturais de amor a Deus e pelo próximo. Foi isso que
Jesus quis dizer ao jovem rico.
Mt
19.21 | Jesus
respondeu: “Se você quer ser perfeito,
vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres,
e você terá um tesouro nos céus.
Depois, venha e siga-me”.
A
obra da salvação nos faz amar a Deus de tal forma
que deixamos tudo para segui-lo; faz-nos amar o próximo de
tal modo que quando abrimos a mão para seguir a Deus, tudo o
que nós temos cai sobre o outro necessitado. Deus
é generoso (Mt 20.15) e nós devemos ser da mesma
forma generosos.
A
fé salvadora não é comprada pelas
obras, mas é comprovada pelas obras de amor que praticamos
(Tg 2.18). A fé salvadora que não produz obras
é tão morta quanto o corpo sem o
espírito (Tg 2.23). Foi o que revelou a atitude do jovem
rico, ao deixar Jesus.
A
obra da salvação
Caráter
escultural é fruto da obra de
salvação. Deus começa a talhar em
nós o caráter de Cristo no momento em que nos
salva. Salvação é obra de
infraestrutura do Espírito que, por sua vez, se manifesta de
forma estrutural, ou seja: de forma visível e de forma
concreta. Recapitulando:
- Salvação é obra da graça de Deus. Só Deus pode salvar. Ele salva mudando o nosso coração e nos dando fé para crer. Ore mais: ore pelos outros e por você.
- Salvação é um processo contínuo. Deus vai destronando os nossos ídolos, destruindo o nosso pecado e nos dando novos desejos e alegrias; ele vai santificando os nossos afetos. De novo, ore mais: ore pelos outros e por você.
- Salvação produz crentes operosos em práticas de amor. Abandonamos tudo para estar e para servir na vinha do Mestre. Alegramo-nos em ser tão generosos quanto é o nosso Deus. Somos libertos do amor do dinheiro.
A
obra da salvação consiste, pois, em pela
graça, receber a Cristo através da fé,
alimentar-se da esperança provir (Mt 19.28-29) e praticar o
amor. Creia.
Pr. Leandro Barreto
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