Um dos principais usurpadores do sono são as preocupações
com as dívidas oriundas de uma má administração, desemprego e outros fatores.
Este problema é tão sério que acaba levando um número expressivo de pessoas a
cometerem suicídio.
Toda a raça humana herdou uma dívida do primeiro homem, pois
a Bíblia diz que todos, sem exceção, pecaram e foram destituídos da Glória de
Deus (Rm. 3.23; 5.18). O pecado é algo inerente ao homem, independente de
qualquer circunstância; as Escrituras afirmam que a recompensa recebida por ele
é a morte (Rm. 6.23). O homem adquiriu uma dívida com Deus impagável, pois quem
conseguiria se livrar desta condenação provocada pelo pecado (Rm. 8.3)? Não há
um só justo; não há ninguém que consiga viver sem pecar; não há quem consiga
cumprir as leis na sua totalidade (Rm. 3.10-12). Já que o salário do pecado é a
morte, e não me refiro à morte física, mas, a espiritual, quem ousaria então
dizer que merece viver eternamente pelos seus próprios méritos? Estávamos todos
sentenciados a morte pelas nossas culpas. Este tipo de delito é ainda pior que
o mencionado nesta introdução, pois a consequência dele é passar a eternidade
em um lugar de tormento e dor, conhecido como inferno. Quem seria capaz de
representar a humanidade para a vida ao invés de leva-la a morte como fez Adão? Jesus, sendo Deus, deixou o seu trono de glória, se esvaziou
e veio a terra para se vestir de homem; sentir as nossas dores a fim de quitar
o nosso déficit (Fl. 2.6-11).
No Getsêmani, um pouco antes dele ser crucificado, orou ao
Pai insistentemente para que passasse dele aquele terrível sofrimento, se isto
fosse possível; era o seu lado humano gemendo. O nível de stress foi tão alto
que chegou a derramar gotas de sangue pelos poros (Lc. 22.42-44). Naquele
momento crucial ele enxergou toda a humanidade perdida, escravizada, em dívida
com o Criador, sentenciada a habitar eternamente no inferno. Foi quando se
rendeu por inteiro dizendo ao Pai que não deveria ser do seu jeito; que estava
disposto a receber sobre si, na cruz, toda a dívida do pecado da humanidade.
Sendo assim, todo o cristão entende que celebrar a Páscoa
não é simplesmente comer chocolate ou curtir mais um feriado prolongado, mas,
um momento ímpar de gratidão pelo majestoso gesto de Jesus em se propor
voluntariamente a morrer numa cruz quitando toda a nossa dívida. Ele satisfez
totalmente a justiça de Deus e o que era impossível, tornou-se possível, pois,
agora somos justificados e já não há mais condenação para aqueles que se
tornaram pecadores redimidos, lavados e remidos pelo sangue de Jesus (Rm 8.1-2;
Ef. 2.13-16; Hb. 13.12; 1Jo. 1.7; Ap. 1.5). Aleluia!!!! Cristo nos libertou.
Ele é a nossa Páscoa.
Por Juvenal Prudêncio
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