Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna. (João 3:16 )
Quando João narra o encontro de Jesus com Nicodemos revela,
no contexto, qual é o traço marcante do amor de origem divina. “Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele
que Nele creia não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Na história das religiões humanas, os deuses inventados
pelos sacerdotes sempre são apresentados cm uma postura que causa medo e culpa.
E, sempre também, exigem receber, em luar de dar. No Evangelho do Cristo, Deus
não precisa de nós, para sobreviver. Pelo contrário, o que Ele, na realidade,
quer de nós é que vamos ao mundo e apresentemos a todos a experiência
sobrenatural de amor que todos os cristãos vivenciam, quando decidem
simplesmente levar a sério o amor com que Ele nos aceita e nos restaura.
Durante toda a revelação do Cristo, o assunto não é o da paixão possível, mas
do amor doador.
A imoralidade e a exploração humana são o fruto natural da
paixão, da postura irracional e neurótica de reduzir a dignidade das relações
humanas a algumas práticas de erotismo subanimal. Amizades baseadas na
possessividade, casamentos alimentados pela exploração mútua, romantismo
fantasioso que apenas procura fugir da solidão – este é o quadro doentio,
egoísta, imoral a que ficaram reduzidas as relações humanas. Ao contrário de
todas essas fragilidades imaturas e desonestas, o desafio do Cristo é o amor
doador, que muda tudo porque seu poder nos constrange a responder com amor.
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