Sempre que você encontra uma pessoa que diz que não acredita
em certo e errado, você observará essa mesma pessoa se contradizendo minutos
depois. Ela pode até quebrar uma promessa feita a você, mas experimente quebrar
uma feita a ela. Provavelmente essa pessoa ficará se queixando de que “isso não
é justo”.
Uma nação pode até dizer que pouco se importa com tratados;
porém, no minuto seguinte, põe a causa a perder, alegando que aquele tratado
particular que ela quer quebrar era injusto mesmo. Contudo, se não importam os
acordos e se não há tal coisa como certo e errado (em outras palavras, se não
há lei da natureza), qual seria a diferença entre um acordo justo e um injusto?
Será que eles não vão dar com os burros n’água? Será que não estão mostrando
que, não importa o que digam, na realidade conhecem a lei da natureza como
qualquer outra pessoa?
Parece, então, que somos forçados a acreditar que realmente
existe um certo e errado. As pessoas podem muitas vezes enganar-se a respeito
disso, da mesma forma que muitas vezes erram nas contas. Porém, o certo e o
errado não são questões de gosto ou opinião, muito menos de tabuada.
C. S. Lewis
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