Na mesma ocasião em que se fundou a Convenção Batista
Brasileira, com a realização de sua primeira assembleia em julho de 1907, foi
organizada a Junta de Escolas Dominicais, que em 1922 passou a denominar-se
Junta de Escolas Dominicais e Mocidade. Havia, nesse tempo, 117 Escolas
Dominicais e 157 classes nas Igrejas Batistas espalhadas pelo Brasil.
O Curso Normal, para professores e oficiais da Escola
Dominical, iniciou-se com a publicação do Manual da Escola Dominical em Recife,
em 1918. Esse manual veio contribuir grandemente para o desenvolvimento de
nossas Escolas Dominicais. Os demais livros do Curso Normal foram surgindo
gradativamente.
Um aspecto do trabalho de Escolas Dominicais, que deve
merecer nossa especial atenção, é o das Assembleias de Escolas Dominicais. A
mais antiga de que temos conhecimento é da extinta Convenção Sul-Baiana, que
realizou um esplêndido trabalho. A Convenção Batista da Bahia manteve uma
Convenção da Escola Dominical que funcionava em uma das sessões da Convenção
das igrejas daquele estado.
Em Pernambuco, foi organizada pela Convenção Evangelizadora,
em novembro de 1941, uma Junta de Escolas Dominicais para promover o trabalho
entre as igrejas. Em junho de 1941, foi organizada a Assembleia de Escolas
Dominicais do campo vitoriense. O Departamento de Escolas Dominicais manteve
itinerantes em alguns campos. O ideal, na época, era que tivesse para cada
campo um obreiro especialmente dedicado à tarefa de promover o trabalho de
Escolas Dominicais entre as igrejas.
O trabalho de Escolas Dominicais em nossas igrejas vem crescendo
consideravelmente. A organização e os métodos de ensino têm evoluído. Templos
com adaptações especiais para Escola Dominical foram sendo construídos e as
possibilidades desse trabalho se apresentam sobremodo alvissareiras para o
futuro, mesmo em meio aos questionamentos e inovações que surgem a todo momento
sobre a forma de ser igreja hoje.
Já em 1941, quase quatro décadas depois de iniciada,
tínhamos entre os batistas, segundo estatísticas da época, em números redondos,
780 igrejas, 2.000 pontos de pregação, 1.500 Escolas Dominicais, 70.000 alunos
e 8.000 professores. A Convenção Batista Brasileira está, atualmente,
trabalhando para atualizar esses números.
Concluindo esta remissão histórica, podemos afirmar que
graças às participações de William Fox, Joseph Hughes, William Brodie Gurney,
William Watson e Benjamin Franklin Jacob, para situar-nos apenas nos mais
antigos, a Escola Dominical foi sendo aperfeiçoada ao longo dos anos. Eles
fizeram unicamente aquilo que, no passado, fizeram os patriarcas, os juízes,
alguns reis, os profetas, os apóstolos e o Senhor Jesus Cristo – criaram
escolas para ensinar e pregar a Palavra de Deus.
A história nos mostra que haja o que houver, venha o que
vier em termos de modelos eclesiásticos, o ensino da Palavra de Deus vai
sobreviver porque é ordem de Jesus e desejo de Deus: “Ensinem esses novos
discípulos a obedecerem a todas as ordens que eu lhes dei. E lembrem-se disto:
estou sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28.20).
Extraído de O Jornal Batista
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