Reconhecemos, como crentes, que a vida de uma igreja se
afere pelo valor que ela dá ao exercício da oração. Igreja espiritual é a que
ora; essa há de crescer e suportar todas as crises, pois vive na dependência do
Senhor que disse: “Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas
grandes e firmes, que não sabes” (Jr 33.3). O mesmo se dá a cada crente em
particular.
Os homens santos da Bíblia foram de oração de poder: Moisés
(Êx 32.30); Abraão (Gn 12.23-33); Jó (Jó 42.10); Daniel (Dn 6.10); Pedro (At
3.1); Paulo (At 22.11); e tantos outros; eram todos consagrados, dados à
oração. Jesus Cristo também levou a vida em oração, isso lemos em diversos
lugares dos Evangelhos, como por exemplo, Mateus 14.23, Lucas 6.1, João
11.1-26, etc. Agora, se o Senhor Jesus, que era homem perfeito e perfeito Deus,
precisou orar, que diremos acerca de nós, frágeis criaturas, sujeitas à todos
os reveses da vida.
A oração não é só um privilégio, é também um meio de graça, um
dever sagrado. O apóstolo Paulo nos exorta nos seguintes termos: “Antes de
tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões,
ações de graças, em favor de todos os homens” (1Tm 2.1). O Senhor Jesus
ordenou-nos: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na
verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Noutro lugar, Paulo
anotou: “Orai sem cessar” (1Ts 5.3). Orar, portanto, é o dever sagrado do
crente, orar sempre.
Temos, porém, falhado como mordomos na oração. É que, às
vezes, para orar, não temos tempo; afinal, são tantos os planejamentos do
trabalho, as demandas do trabalho que acabamos roubados do tempo para estarmos
a sós com Deus. Os corre-corres da vida impedem-nos de buscar em primeiro lugar
a vontade de Deus e termos a certeza de que, o que estamos fazendo, ele, o
Senhor, aprovará. Diz-se que certa vez Lutero declarou: “Tenho tanto o que
fazer no dia de hoje que preciso passar pelo menos duas horas em oração”. O
fiel mordomo, para entender as exigências de seu Senhor e fazer o que ele
requer, terá de, primeiramente, ouvir a sua voz e as suas determinações.
Honestamente, será mesmo que temos agido assim?
Um dos maiores exemplos temos no Senhor Jesus Cristo. Lemos
nos Evangelhos que antes de escolher os seus doze apóstolos, passou uma noite
inteira orando ao Pai; é o que está registrado em Lucas 6.12-16. Como seriam
grandes as nossas vitórias se assim nós o fizéssemos.
Pr. Arildo Mota dos Reis Pessoa
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