O Brasil chafurda na lama da crise. Por todo lado que se
olha há indícios de corrupção. Em toda pesquisa publicada há sintomas de
lavagem de dinheiro, de propinas (luvas, em Portugal) distribuídas às pampas, à
muita gente. Toda empresa bem sucedida nos últimos anos, que se tornou
gigantesca, que enriqueceu com empréstimos do BNDES ou com serviços públicos
acaba por demonstrar que participou, de alguma forma, de algo ilícito que
prejudicou o país e favoreceu aos poderosos que governam. Até igrejas que supostamente
prosperaram, com grandes multidões de incautos seguidores e patrimônios
faraônicos, acabam por demonstrar, lá na frente, que seus líderes usaram do
ilícito, seja nos contatos políticos, seja em ofertas milionárias de esquemas
de corrupção, seja no leilão de seus púlpitos para candidatos ou ideologias
políticas.
Isto me faz lembrar um precioso versículo da Palavra de
Deus:
"ELEVO OS MEUS OLHOS PARA OS MONTES; DE ONDE ME VIRÁ O
SOCORRO? O MEU SOCORRO VEM DO SENHOR, QUE FEZ OS CÉUS E A TERRA". Salmo
121.1
O salmista não vivia num mundo diferente do nosso. Se lermos
os livros de Samuel, dos Reis e das Crônicas, perceberemos que poucos eram os
anos em que Israel ou os dois reinos divididos viveram em paz, prosperidade e
felicidade nacionais. Ao contrário, quase sempre o país e os reinos divididos
atravessavam crises. Um rei era bom e o outro era um ímpio. Dez anos de
relativa tranquilidade e vinte anos de perseguições e invasões. Um rei pacato
e, em seguida, um ímpio idólatra. E o povo era muito pior do que o de hoje:
eles tomavam os seus filhinhos e os queimavam vivos nos altares dos deuses. E
não estou falando de pagãos; estou falando de judeus!
Se bem que, se formos analisar à fundo, os crentes de hoje
queimam também a sua prole a outros deuses. Oferecem-nos ao deus do mundo, com
todas as suas manifestações ímpias. Entregam os seus filhos à música
pornográfica e chula, permitindo que construam o seu gosto musical com o que há
de pior em termos de formação. Oferecem aos filhos o deus da tecnologia, dando-lhes
carta branca para navegarem livremente pela internet e baixarem o que quiserem,
sem avaliar se o que assistem é construtivo, de boa moral ou formativo.
Entregam os seus filhos à vaidade, permitindo que se firam com piercings, com
tatuagens e com as fantasias de seus grupos, gangues e times de futebol. Por
isso o sacrifício no altar do demônio só mudou de ritual; a dedicação a Satanás
continua a mesma...
Com um índice que chega a perto de quarenta por cento de
toda a população brasileira, os evangélicos não funcionam como sal da terra,
como luz do mundo, como semeadores do evangelho. Pelo contrário, assemelham-se
aos judeus que acendiam um sacrifício ao Deus Eterno e sacrificavam a Baal.
Poucos são os Elias, cujos sete mil joelhos não se dobraram ao inimigo. Poucos,
mas reais. E por serem reais, ainda representam uma esperança. "Se houver
dez justos no Brasil, destruirás o justo com o ímpio?", poderíamos
conjecturar, usando a frase de Abraão ao referir-se à iminente destruição de
Sodoma e Gomorra. Mas será que temos dez justos?
ELEVO OS OLHOS - Não conseguiremos a solução da crise
brasileira olhando no nível em que todos olham. A solução não está em nossa
sociedade, em nossas instituições, em nossas empresas, em nossos partidos.
Enquanto os olhos estiverem voltados para os lados, a solução não virá.
ELEVO OS OLHOS - A solução vem de cima, não de um avião ou
foguete, não de uma bomba devastadora, não de tempestades destruidoras. Os
olhos devem voltar-se para além, mais acima; os olhos devem focar-se em Deus,
que habita os Céus e que não se corrompe com absolutamente nada. Ele é quem tem
a solução!
ELEVO OS OLHOS PARA OS MONTES - Às alturas é que devemos
olhar. E quem olha para as alturas tem esperança, tem o que ver. O auxílio virá
do alto. Deus até pode usar as instituições que existem ou fazer-se valer desta
ou daquela pessoa. Mas, acima de tudo, a solução vem de cima, vem de Deus, vem
do Criador. E Ele não abandonou o Brasil, pois está atento à oração dos Seus
servos, que clamam noite e dia por uma solução.
O MEU SOCORRO VEM DO SENHOR - É Deus quem socorre. É Deus
quem surpreende. É Deus quem tem a resposta certa. E Sua resposta está acima do
que qualquer um de nós possa oferecer. Quando Samaria padecia de fome e mães
comiam os seus filhos defuntos, Deus reverteu a situação em vinte e quatro
horas, afugentando os soldados que sitiavam a cidade e oferecendo todos os
víveres que eles mantinham em suas barracas. Em vinte e quatro horas a comida
era tão farta que o preço era ínfimo. Noutra situação os hebreus estavam
encurralados diante do Mar Vermelho, perseguidos por Faraó. Não havia humana
alternativa senão morrer. Então Deus veio do céu a soprar o mar e a abrir um
caminho seco para que eles passassem. E toda aquela gente encontrou a solução que
veio de cima. Um último exemplo: as pessoas estavam tão concentradas nos
ensinos de Jesus, que nem perceberam que o dia declinava e que não havia o que
comer. Então Jesus transforma uns poucos peixes e pães em alimento para mais de
cinco mil homens, sem contar as mulheres e inúmeras crianças! O meu socorro vem
de Deus, só de Deus!
DEUS FEZ OS CÉUS E A TERRA - Não se trata de um iniciante,
de um estagiário, de um incompetente, de um imperfeito. Não se trata de alguém
que pode tentar solucionar uma situação. Deus é o criador, Ele tem a solução
para os problemas. Conquanto vivamos os dias do fim, onde o juízo divino virá
sobre todas as nações, não sabemos se este é o fim propriamente dito. Se for,
Ele arrebatará a Sua Igreja. Se não for, de duas uma: ou uma perseguição nos
dará a oportunidade de sermos mártires da fé, ou então Ele acolherá a nossa
súplica e trará uma solução na qual não havíamos pensado, algo que Ele, somente
Ele, pode e faz acontecer. Quem esperava que numa ordem imperativa do Senhor
Jesus o mar fosse se aquietar naquele dia de tempestade? Todas as soluções
viáveis (jogar coisas ao mar, pular na água para nadar, chamar por socorro)
eram fatalmente inviáveis e impossíveis. A solução de Jesus foi, além de
inesperada, eficaz: Sua voz aquietou o mar.
A voz de Deus pode afugentar esse ataque de demônios que
acomete o Brasil e colocar as coisas em seus lugares, de uma forma nunca antes
vista. Não sabemos se Ele o fará. Se não o fizer, seremos gratos e aceitaremos
a Sua vontade. Mas, enquanto não temos certeza disso, podemos e devemos clamar,
clamar, clamar.
E olhar para os montes, de onde nos virá o socorro.
Socorre-nos, ó Deus!
Pr. Wagner Antonio de Araújo
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